Desequilíbrio na final da Champions? É possível

Já sabemos que a final da Liga dos Campeões é um jogo único, em que se reúnem os maiores talentos do futebol mundial. O equilíbrio costuma ser nota dominante. Ainda assim, o encontro entre a Juventus e o Real Madrid mostrou que, mesmo num jogo desta dimensão, o desequilíbrio é possível.

O zerozero fez uma retrospetiva às finais mais desequilibradas da história, tendo como ponto de partida uma diferença de pelo menos três golos no marcador. Como ontem, na noite mágica de CR7 em Turim. Contamos as finais resolvidas em prolongamento, que, sendo equilibradas, tornaram-se desequilibradas em apenas 30 minutos. 

Início pintado de vermelho… e blanco

Na década de 60 pudemos assistir a três finais desequilibradas. Ainda em 1960, o Real defrontava o Eintracht Frankfurt em busca da quinta Taça seguida. E não fez por menos. Uma goleada por 7x3, com um poker de puskas e um hat trick de Di Stéfano.

Em 1968, foi a vez do Benfica sofrer com uma goleada, 4x1, após prolongamento, naquela que foi a terceira final perdida pelos encarnados na década dourada de 60. Refira-se que foi a primeira de duas finais em que a goleada apenas surgiu no prolongamento – a outra foi em Lisboa, na vitória merengue sobre o Atlético por 4x1.

Triplo massacre rossonero

O Milan é a segunda equipa com mais vitórias na competição (7). Ainda assim, os rossoneri fizeram de questão de as vencer em grande estilo. Pelo menos em três ocasiões. Começando em 1969, na segunda vitória na competição, os de Milão bateram o Ajax - Cruyff jogou pelos holandeses - por 4x1.

20 anos depois, e já com Sacchi no comando de uma equipa em que brilhava o trio holandês (Rijkaard, Gullit e Van Basten), o Milan bateu o Steaua de Bucareste – na segunda presença em finais - por 4x0. Em 1994, uma das finais mais surpreendentes da história. A jogar diante do dream team de Johan Cruyff, o Milan bateu o Barcelona por 4x0.

Toque português de Mou

A lista só poderia estar completa, se falássemos numa das finais mais desequilibradas da história da competição. Mónaco e FC Porto aproveitaram as escorregadelas dos colossos, foram eliminando alguns candidatos e defrontaram-se em Gelsenkirchen.

Num FC Porto em que brilhavam Deco, Paulo Ferreira, Maniche ou Ricardo Carvalho, Mourinho montou a equipa para a vitória. Resultado? Uma vitória por 3x0, uma superioridade evidente e o primeiro caneco para o treinador português mais titulado de sempre.