Giorgallidis, Demetriou, Artymatas, Makris, Renato Margaça... Paramos aqui. O nome do camisola 17 da seleção cipriota destaca-se de todos os outros. E a explicação é simples. O médio do Omonia é internacional pela seleção do Chipre, mas é português de gema e, este sábado, cumpriu um sonho de uma vida. Uma viagem emocionante...
«Vieram amigos, familiares de todo o lado... até pessoas que trabalharam na federação há muitos anos e continuam aqui. É sempre bom rever esses amigos e desejo-lhes a maior sorte do mundo para os próximos jogos, menos contra o Chipre», começa por dizer Renato Margaça, visivelmente satisfeito por regressar a território luso.«Respeito muito a vida. Não tenho qualquer tipo de complexo por não ter jogado na seleção principal de Portugal. Tenho um orgulho enorme por representar a seleção do Chipre porque foi lá que cresci enquanto jogador. São nove anos, é muito tempo, e foi sempre um progresso gradual na minha carreira», acrescentou.
Renato Margaça começou no Alverca, passou pelo Torreense e ainda pelo Mafra, antes de abraçar o primeiro e único desafio além-fronteiras no Chipre. O médio não esconde o orgulho que sente pela carreira conquistada a pulso e destaca a qualidade dos jogadores portugueses.
«Saio muito triste com o resultado, mas com uma sensação de orgulho enorme. Inesquecível... Vai ficar guardado para sempre porque foram anos de muito trabalho... Nunca me vou esquecer por onde passei: Mafra, Torreense, Alverca até chegar depois ao DOXA, AEK e Omonia e depois a seleção do Chipre. Jogar contra Portugal foi um sonho», destacou.«Não fecho a porta a um regresso, como é óbvio. Sei que é muito complicado, pois já são alguns anos fora. Foi bom também regressar para as pessoas verem que há muitos jogadores que passaram pela Segunda B e Segunda Liga que têm imensa qualidade e que precisam apenas de uma oportunidade para demonstrar o valor. E é com muito gosto que vejo jogadores agora na primeira divisão que vieram dessas ligas», referiu ainda o jogador do Omonia.
«É muito importante os portugueses darem valor ao jogador português. Temos muita qualidade e as equipas gastam milhões em jogadores portugueses... Temos o melhor do mundo, somos campeões da Europa, não podemos pensar sempre que os de fora é que são bons...», completou.A fechar, uma mensagem para a equipa das quinas: «Desejo, do fundo do coração, que consigam ganhar a Taça das Confederações e o Mundial».
4-0 | ||
João Moutinho 3' 42' Pizzi 63' André Silva 70' |