Época de «dobradinha» para o Benfica, que este domingo conquistou a sua 26.ª Taça de Portugal, um título que se segue ao tetracampeonato festejado há duas semanas. O adversário, tal como no jogo do título nacional, voltou a ser o Vitória de Guimarães, que depois de ter estado melhor nos primeiros 45 minutos acabou por cair na segunda parte, perdendo por 1x2.
Na disposição e na ideia, tudo normal. O Benfica apresentou-se no habitual 4x4x2 - Raúl Jiménez manteve-se como parceiro de Jonas -, enquanto o Vitória de Guimarães surgiu no Jamor em 4x3x3, com a particularidade de Marega aparecer como «ponta de lança.»
O Benfica viu-se «obrigado» a responder, ainda que a filosofia do tetracampeão passe primeiro pelo controlo cerebral e menos pela vertigem. E foi pela vertigem que se viu mais perigo na primeira parte, com o Vitória a espreitar o golo em dois momentos, praticamente seguidos.
O primeiro tempo obrigou também a duas mexidas forçadas, uma para cada lado. Fejsa foi o primeiro a abandonar, aos 23 minutos, depois de uma entrada dura de Marega; o sérvio, que não jogava na Taça de Portugal desde outubro de... 2015, não chegou à meia-hora. Em cima do intervalo foi Hurtado a ter de ser substituído, também devido a lesão.
Aos 48 minutos, e depois de uma construção que arrancou primeira fase de jogo, Jonas «disparou» de longe, Miguel Silva defendeu para a frente e Raúl Jiménez acabou por «picar-lhe» a bola para o fundo das redes. Pouco depois, o segundo «tiro» na armadura vitoriana. O Benfica novamente na construção, a bola chega a Nélson Semedo que cruza para um desvio de cabeça fantástico de Salvio.
9.º jogo a titular de 🇲🇽Jiménez esta época, marcou em 8 deles ⚽️. Só ficou em branco frente ao Paços Ferreira, na Taça da Liga pic.twitter.com/fofD6glARF
— playmakerstats (@playmaker_PT) 28 de maio de 2017
A história parecia resolvida, até porque nos minutos seguintes até foi o Benfica a estar mais perto do terceiro golo - Jonas atirou à trave (66'). Mas se há coisa que marca a personalidade deste Vitória é a resiliência. E por isso, o último quarto de hora no Jamor ganhou nova emoção e incerteza, porque Zungu apareceu nas costas de Luisão a cabecear para o 1x2, na sequência de um canto batido por Raphinha.
Reacendia-se a chama preta e branca no topo sul do Jamor para a reta final; minutos de incerteza e dúvida e com o Benfica a procurar travar a «fúria» do futebol vimaranense. A diferença mínima acabou por imperar e a festa da Taça pintou-se de vermelho e branco.