A curta carreira de Renato Sanches continua a ser uma autêntica montanha russa. Depois de um ano de triunfo (pessoal e coletivo) no Benfica e da glória no Euro 2016, chegou a transferência para o Bayern de Munique. Ora, depois da transferência, tudo voltou a mudar. Renato deixou de ser protagonista, para passar a suplente crónico, o que lhe vale uma «despromoção» de uma possível ida à Taça das Confederações, para uma presença no europeu de esperanças.
É verdade que um campeonato europeu de sub-21 é sempre uma competição importante. Lá estão presentes jogadores de grande futuro e Renato, diga-se, não é o primeiro que é obrigado a baixar de escalão. Para a seleção portuguesa, que já tem um meio-campo interessante - nomes como Rúben Neves, João Carvalho e Bruno Fernandes -, é uma mais-valia importante.
Importa também referir que esta situação deve-se à ausência de oportunidades que Renato dispôs, ao serviço do gigante bávaro. A concorrência era forte e, mesmo com um treinador que o defendeu publicamente por diversas ocasiões, Renato teve poucas chances de mostrar o seu futebol à Europa (e, consequentemente, ao selecionador).
Com tanta concorrência para o meio-campo da seleção - aos nomes fortes do Euro, juntou-se um Pizzi imparável -, a não convocatória de Renato não pode ser encarada como uma surpresa total. No meio disto, é Rui Jorge (e a seleção de sub-21) quem fica a sorrir. O técnico já disse que espera um Renato com o espírito da seleção de esperanças. O médio tem a palavra.