Quatro temporadas depois, o Marítimo está de regresso aos palcos internacionais. O empate sem golos em Paços de Ferreira, este sábado, permitiu à equipa de Daniel Ramos vencer o duelo à distância com o Rio Ave, que apesar da vitória sobre o Belenenses (2x0) falhou o «assalto» ao 6.º lugar da Liga NOS na derradeira jornada.
Percebeu-se o que estava em jogo para os madeirenses. Um ponto bastava para cumprir o objetivo europeu e isso tirou brilho e audácia à exibição do Marítimo neste sábado de intenso calor na Capital do Móvel; por outro lado, a divisa estava claramente na entrega e no espírito de luta para evitar dissabores.
Mas Daniel Ramos bem pode agradecer a Charles o carimbo no passaporte para a Europa. Charles exibiu-se a um nível elevadíssimo em Paços de Ferreira e evitou o golo dos castores em vários momentos; destaque para as defesas fantásticas aos nove minutos - a Luiz Phellyppe - e aos 37', quando Ricardo Valente rematou à queima-roupa para uma intervenção por instinto, mas eficaz.
Enquanto o Marítimo se «arrastava» na Mata Real, o Rio Ave fazia a sua parte e adiantava-se no marcador. Ao intervalo havia apenas um ponto a separar os dois candidatos ao último «poleiro» com acesso à Liga Europa.
Mais Paços e sobretudo mais perigoso, enquanto o Marítimo foi cerrando fileiras à medida que os minutos se esfumavam.
Uma ou outra tentativa de contra-ataque, mas sobretudo segurança defensiva marcaram a reta final do encontro. O Marítimo ainda reclamou uma grande penalidade (80') após um choque entre Éber Bessa e Mário Felgueiras, mas Hugo Miguel não entendeu, numa decisão errada.
Contudo, o ponto conquistado acabou por saber a vitória aos madeirenses, que quatro anos depois vão poder «cheirar» novamente as competições europeias. Daniel Ramos terá de ser considerado o «pai» deste Marítimo europeu, ele que assumiu a equipa depois de um arranque desastroso com Paulo Gusmão como treinador.
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