Pela primeira vez na sua história, o Benfica sagrou-se tetracampeão, ainda quando falta uma jornada para terminar o campeonato. O jogo no Bessa poderá ser de gestão, tendo em conta que há jogadores não utilizados nesta Liga. Ainda assim, Rui Vitória poderá querer alcançar um recorde que já tem mais de três décadas. O Benfica vai para o Bessa para ganhar e, se possível, não sofrer. É que desde a temporada de 1982/1983 o Benfica não sofria tão poucos golos (sete) na condição de visitante.
É verdade que as duas derrotas do Benfica no campeonato foram fora de casa. Ainda assim, isso não chega para tornar o feito da equipa de Rui Vitória menos assinalável. É um feito de muitas décadas, relembrando que, em várias dessas épocas, o Benfica jogou menos jogos fora de casa. Mas o número, que é de si já relevante, é consequência de uma estrutura defensiva sólida, que foi respondendo de forma assertiva, mesmo quando uma ou outra peça faltava.
Uma estrutura que começa, desde logo, no guarda-redes – Ederson salvou a sua equipa, em mais do que uma ocasião -. Nélson Semedo destacou-se, tal como do outro lado Grimaldo, ainda que o lateral espanhol tenha estado muito tempo de fora. A dupla Luisão-Lindelof não deu hipóteses à concorrência e, por fim… Fejsa. O homem, que se tornou decacampeão, foi imperial na sua zona de ação, deixando a sua defesa com menos trabalho.
Refira-se que o clube encarnado já não sofre menos do que isso desde a temporada de 1977/1978, quando sofreu apenas cinco em 15 jogos. Números que atestam da capacidade defensiva deste Benfica. Com eventual gestão e outros intérpretes, a história será cumprida ou diferente?
2-2 | ||
Renato Santos 16' André Schembri 52' | Kostas Mitroglou 71' Branimir Kalaica 90' |