Depois de uma primeira parte em que esteve ao nível dos seus companheiros de equipa, André André mostrou de que massa é feito. Uma vontade, um esforço e uma crença inesgotável elevaram o médio portista a uma das melhores exibições dos últimos tempos, levando a equipa praticamente às costas. Fez o remate que originou o golo de Soares, fez o segundo e a vitória em Trás-os-Montes muito se deve a ele.
Nuno Espírito Santo quis surpreender o Chaves com a introdução de Otávio atrás de Soares e não perdeu na aposta. O criativo brasileiro começou receoso, trapalhão mas com o passar dos minutos e com a quebra de rendimento de Tiba assumiu a batuta do jogo ofensivo portista, esteve muito forte no jogo entre linhas e desequilibrou e apoiou Soares como poucos o fizeram até então na atual época. Quer no meio quer na esquerda, Otávio mostrou a mostrar bons sinais
No regresso à competição mais de dois meses depois, o menino voltou a provar que é uma mais valia para a equipa quando joga. Uma qualidade de passe a roçar o brilhante, uma inteligência acima da média e livres que deram sempre a trabalho a António Filipe. Foi provavelmente o mais esclarecido do FC Porto na primeira parte e com o jogo que fez voltou a clamar por oportunidades a Nuno Espírito Santo para a recta final do campeonato.
Que jogo incansável fez Renan Bressan. Quem segue atentamente o campeonato português conhece o potencial deste internacional pela Bielorrússia mas Bressan não se cansa de provar a sua qualidade. É um faz tudo no meio-campo do Chaves. Não para de correr durante 90 minutos, ajuda a defender, ajuda a atacar e parece estar em todo o lado. Nunca deixa a sua equipa descompensada e tem uma inteligência tática assinalável.
Parece que nasceu central mas Carlos Ponck começou a época como médio mais recuado do meio-campo flaviense. No jogo de hoje esteve irrepreensível em quase todas as ações que fez, no comando da defesa do Chaves e sempre com os olhos em Soares. Não joga bonito mas é eficaz e é isso que se pede a um central.
Nem Braga, nem Perdigão, nem Rafael Martins, nem mesmo Fábio Martins fizeram um jogo brilhante mas claramente Braga foi o jogador mais apagado e o que mais desiludiu no onze flaviense. Habituou os seus adeptos a comandar o ataque do Chaves mas hoje esteve completamente ausente, sendo o principal responsável da quase nulidade que foi o ataque da equipa de Ricardo Soares neste jogo. Saiu perto da hora de jogo de forma justíssima.
0-2 | ||
Soares 52' André André 72' |