Sem pensar na luta pelo título, mas sabendo que há uma relação direta neste jogo, o treinador do Estoril perspetivou a ida a casa do líder da Liga NOS e deu a receita.
«Se não formos solidários, unidos e compactos, iremos ter consequências que não queremos. A nossa equipa tem qualidade no momento em que ganha bola e sai em contra-ataque. Os dados explicam isso, sobretudo em jogos fora de casa», começou por dizer, ele que depois foi questionado sobre o que terá sido alterado com a sua chegada.
«Não sei o que mudou porque não estava cá antes. O que sei é que introduzimos o rigor e os jogadores interpretaram bem o plano que nós temos. Com desempenhos individuais, esse plano coletivo tem sido bem aplicado. A exigência coletiva e individual tem feito a diferença e é isso que queremos que volte a acontecer amanhã. Acreditamos que podemos disputar o jogo contra um adversário fortíssimo, a quem todos reconhecemos qualidade, ou não fosse o tricampeão. Mas queremos garantir matematicamente a permanência», vincou.
O jogo tem duas realidades distintas que se confrontam. As águias estão na do cimo da tabela, os canarinhos tentam fugir da cauda.
«O Benfica tem uma pressão positiva que é lutar para ser campeão, ao contrário de nós, que lutamos pela manutenção. O Benfica é superior e luta por outras coisas, mas a nossa capacidade vai estar à prova amanhã. Acima de tudo, e porque sou treinador, espero que seja um bom jogo de futebol. Se isso influencia outras guerras ou outras lutas, isso já não nos diz respeito. Passa-me um bocadinho ao lado, queremos é chegar ao nosso objetivo».
Por fim, uma abordagem ao estado atual do futebol nacional: «É um motivo de reflexão. Não me revejo neste tipo de futebol, nestas lutas. Estamos a passar para segundo plano os verdadeiros protagonistas. Sempre fui e sempre serei um lutado, como sempre fui, mas numa perspetiva de competitividade e de respeito. Não está a ser isso o nosso futebol e tudo isto está a deturpar o futebol que conhecemos».
2-1 | ||
Jonas 29' (g.p.) 66' | Kléber 59' |