Bruno de Carvalho, à margem do Congresso: «The future of football», que decorre em Alvalade, falou sobre os mais recentes casos de violência que assolaram o futebol português. O líder leonino referiu que as generalizações podem ser perigosas.
«Não podemos generalizar. Sei perfeitamente que 99 por cento dos benfiquistas, dos sportinguistas, dos portistas e dos adeptos dos restantes clubes não querem que isto aconteça. Os adeptos do Sporting estavam em estado de choque [após a morte de Marco Ficini] e tiveram um comportamento exemplar, mas não quero dizer que não têm cometido também os seus excessos», afirmou o presidente do clube verde e branco.
Bruno de Carvalho lembrou que outros casos não foram resolvidos da melhor forma, pelos clubes rivais: «Temos de ter a coragem de, perante comportamento errado, agir no momento. Não posso permitir que não se perceba a gravidade, de ver uma tarja gigantesca a gozar com a morte de um adepto. Já aconteceu comigo, com o presidente de outro clube ao lado que nada fez, nas modalidades».
A morte do adepto foi um marco que abalou o futebol português, e Bruno de Carvalho admitiu cuidados especiais: «Antes do jogo, havia um choque e sentimento de revolta tão grande que ninguém vê o trabalho que foi feito para que não houvesse cânticos ou agressões. Acaba o jogo e tenho os adeptos da equipa adversária a atirar cadeiras que se caem na cabeça de alguém, criança ou adulto, as mata. A violência gera violência».