A Polícia Judiciária deteve seis pessoas relacionadas com o mundo do futebol no âmbito da operação Jogo Duplo, por suspeitas de crimes de associação criminosa e corrupção ativa e passiva, segundo noticia esta quarta-feira a RTP3.
De acordo com a referida fonte, cinco detidos são jogadores de equipas que competiam na Segunda Liga à altura dos alegados crimes, a maioria do Oriental, enquanto o sexto será membro da claque Super Dragões, afeta ao FC Porto.
Nesta investigação relacionada com a viciação de resultados, que levou ainda a que fossem constituídos oito arguidos, a PJ contou com a colaboração da EUROPOL, da Federação Portuguesa de Futebol e de entidades estrangeiras de monitorização de jogos.
Os detidos serão presentes ao Ministério Público para um primeiro interrogatório, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
Atualização (14h49): A Federação Portuguesa de Futebol já reagiu, entretanto, à notícia das detenções, reiterando que «acompanha de forma regular e conhecedora o trabalho da Unidade Nacional de Combate à Corrupção».
Confira o comunicado oficial da FPF:
Posição oficial da Federação Portuguesa de Futebol sobre a Operação Jogo Duplo II.
Em relação aos acontecimentos hoje dados a conhecer no âmbito de uma operação das autoridades públicas competentes em investigação relacionada com suspeitas de corrupção no fenómeno desportivo, vem a Federação Portuguesa de Futebol afirmar:
A FPF acompanha de forma regular e conhecedora o trabalho da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), nomeadamente no que diz respeito ao desporto e ao futebol;
A FPF reafirma que Portugal não pode ser terreno fértil para comportamentos e ações criminosas associadas ao futebol;
A FPF continuará a trabalhar, no limite das suas competências, para um futebol mais limpo e digno de um país Campeão Europeu.