Ir à Europa e não repetir: Arouca é o caso mais recente

Para as equipas portuguesas, a aventura europeia funciona como uma montra irresistível. Nos últimos anos apenas quatro equipas têm beneficiado do estatuto de intocáveis, pelo menos desde que a Liga Europa tem a nova designação. Um dos outsiders foi o Arouca.

Depois do grande campeonato, o clube de Carlos Pinho acordou para uma nova realidade competitiva e a regra mantém-se: é difícil para qualquer equipa portuguesa europeia manter o nível doméstico. O Arouca, já com três treinadores, é apenas um exemplo.

Desde que a Taça Uefa foi extinta (2008/2009), nove diferentes clubes chegaram à Fase de Grupos da segunda maior competição da UEFA. Arouca, Paços de Ferreira, Vitória de Guimarães, Académica, Belenenses, Estoril, Rio Ave, Marítimo e Nacional tiveram de lidar com a ressaca europeia, no que ao campeonato diz respeito. 

Se retirarmos o Estoril - principalmente este, até pela dupla qualificação seguida - e Rio Ave, as restantes sete tiveram desempenhos abaixo do que tinham tido nos campeonatos que permitiram a Europa, como evidencia a tabela abaixo.

Reflexos no ranking?

Se Benfica, FC Porto, Sporting ou Braga tiveram presenças assíduas neste período, as outras equipas foram menos frequentes, o que impossibilitou consolidação de cada um.

Um aspeto que, aliado à maior dificuldade dos sorteios pela pouca cotação no ranking de clubes, acabou por ter alguma influência no rendimento global das equipas portuguesas, que perderão uma vaga em 2018/2019.

*A época ainda decorre. O Arouca é 13º classificado, com 27 pontos