A arbitragem tem sido um dos temas mais debatidos nos últimos meses no futebol e futsal nacional. O número de ameaças e agressões, em vários escalões, têm aumentado exponencialmente, situação que motivou uma reunião de urgência, na Batalha, organizada pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) e os núcleos de árbitros espalhados pelo país.
A associação considera a situação «alarmante» e defende o regresso do policiamento obrigatório em todos os jogos, suspenso há vários anos.
«Os árbitros estão mais desprotegidos. Isso tem vindo a agravar-se desde que deixou de ser obrigatório o policiamento. A APAF sempre defendeu o policiamento obrigatório e vamos continuar a defender. Queremos fazer mais. É uma necessidade, porque nunca se fez um trabalho a jusante na mudança da mentalidade dos dirigentes, jogadores e pais. Atualmente, com as mentalidades que temos, é de todo inseguro fazer um jogo», assumiu Luciano Gonçalves, presidente da APAF, em declarações citadas pelo jornal Record.
«As agressões duplicaram esta época e com maior gravidade. Queremos analisar todas as opções para tentar de uma vez por todas acabar com este clima», acrescentou.
«Quando as coisas correm menos bem, todos os cenários são possíveis, mas, como a APAF e os árbitros têm defendido, jamais queremos ser um problema para o futebol em Portugal. Estamos dispostos a colaborar. Queremos desenvolver o futebol», rematou.