Voltou a ser assombrosa a força da «fortaleza do Dragão». Foi tão forte que assustou Jorge Jesus, levando-o a cometer erros já antes vistos. O FC Porto aproveitou, venceu e é o novo líder da Liga NOS, uma competição que, agora sem dúvidas, já só tem dois candidatos à sua conquista.
Soares está no Dragão há pouco, mas já resolveu um clássico com dois golos e é o novo «menino bonito» da exigente plateia. Por seu lado, Jorge Jesus inventou e tem agora o Sporting a nove pontos do FC Porto. Esta é uma daquelas derrotas que Jesus terá de colocar na secção daquelas que são sua culpa e com certeza que a maioria dos adeptos do leão vão fazer o mesmo. Por seu lado, Nuno Espírito Santo solidifica o seu FC Porto como uma equipa diferente e bem mais coesa para o ataque ao campeonato.
E se NES acertou completamente na surpresa, Jesus falhou redondamente. Matheus Pereira teve nos primeiros 45 minutos a pior exibição em campo, apenas comparável a exibição de Zeegelaar. O Dragão estava mais agressivo, ganhava mais bolas no meio-campo e trouxe a lição bem estudada. Isto porque percebeu que se anulasse Gelson retirava grande parte do jogo ofensivo do leão. Brahimi teve um papel importante nisso, ao estar sempre no apoio a Telles.
Quase com naturalidade o FC Porto ainda fez mais um golo antes do intervalo e pelas duas grandes figuras portistas. Danilo pegou na bola, correu e rasgou a defesa leonina com um passe de morte para Soares. O reforço de inverno ganhou na luta a Coates, fintou Patrício e fez o 2x0, lançando assim o seu nome para o estrelato e a imortalidade portista.
Mesmo sem jogar bem, longe disso, o leão estava melhor. Adrien atirou uma bola à barra e foi esse momento que acordou o Sporting. Já sem Zeegalaar em campo, depois de lhe ter sido perdoada uma expulsão, a equipa de Jesus passou a mandar no jogo. Alan Ruiz reduziu «à bomba» e o novo lado esquerdo, composto por Esgaio e Bryan, dava outra vivacidade ao ataque.
Nessa altura, nos últimos 20/25 minutos, vimos aquilo que já vimos no FC Porto e em Nuno Espírito Santo. Uma vontade imediata de recuar e uma espécie de adormecimento da equipa, que digamos, não se viu no ataque nos segundos 45 minutos. Foi nessa altura que apareceu Casillas a negar o golo a Coates por duas vezes.
Acabou por ser melhor, mas ainda assim insuficiente, a reação do Sporting. O FC Porto ganhou o jogo na primeira parte, onde foi muito melhor. Uma vitória que teve tanto de justa, como a derrota do Sporting teve de culpa do seu treinador.