A vida do FC Porto na Taça CTT complicou-se bastante com novo empate caseiro. A equipa de Nuno Espírito Santo esteve na frente, mas permitiu o empate ao Feirense e precisa agora de ganhar em Moreira de Cónegos e esperar que o Belenenses não o faça ou que ganhe por menos golos de diferença. Isto num jogo que tinha tudo para ser o fecho perfeito de um dezembro que tinha sido repleto de vitórias até agora.
Nem pôde ter um banco para se sentar, nem viu o jogo de perto, nem teve uma manta para se agasalhar do frio. Foi visto muitas vezes, dono de todo um meio-campo, a exercitar-se para combater a solidão e a temperatura. Não fizemos a contagem, mas terá tocado na bola uma ou duas vezes em toda a primeira parte. Não recebeu visitas. E também não pôde ir ao terreno do vizinho festejar golos.
Viu também Boly não acusar a falta de minutos e impor-se de forma natural ao lado de Marcano. Viu ainda Alex Telles procurar os cruzamentos na linha e Maxi as entradas do flanco para dentro. Viu, por fim, um Depoitre perdido entre os centrais adversários - a exceção foi logo no início, quando saiu da marcação para tabelar com Brahimi, que atirou à trave.
O argelino foi novamente o grande dinamizador da equipa, que esteve muito melhor pelo lado esquerdo do que pelo direito e que viu Vaná em grande estilo. Sim, o guarda-redes dos fogaceiros teve um primeiro tempo completamente diferente do tal espectador José Sá. Muito trabalho, grandes defesas a travar as várias oportunidades dos dragões e o mesmo efeito: não sofreu.
Um cenário que mudaria logo a abrir a segunda parte. Marcano teve compaixão, correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Herrera e voilà! José Sá deu uma corridinha para festejar.
Num cenário diferente, esperava-se que José Sá pudesse, enfim, ver a bola mais de perto. Demorou, mas lá aconteceu. Minuto 64: livre para a área, desvio de um fogaceiro e excelente estirada do português.
Balde de água fria para uma plateia amena e que pouco reagiu ao jogo. Os dragões não conseguiram dar o abanão necessário para uma reação ao estilo das últimas e até viram o Feirense cheirar o segundo, sempre nas bolas paradas. Seria mesmo José Sá a brilhar e a tirar um golaço a Etebo, num livre direto.
E a Taça CTT ficou muito mais complicada.