Foi abençoado com a capacidade de colocar a bola no fundo das redes. Uma benção que durante alguns tempos andou "desaparecida", "camuflada" e quase que perdida para sempre, chegou-se a pensar. "Como as coisas mudam...", dizia-se.
Mas a vida e o futebol, por vezes, oferecem novas oportunidades. E Radamel Falcao tem vindo a aproveitar. Numa altura em que El Tigre voltou a ser El Tigre o zerozero dá-lhe a conhecer algumas curiosidades da vida do avançado.
O nome tem influência no brasileiro Paulo Roberto Falcão, jogador que ficou eternizado na emblemática equipa do Brasil de 82. Radamel Falcao García Zárate nasceu a 10 de fevereiro de 1986, em Santa Marta, na Colômbia.
Admirador de Diego Maradona e Henry, Falcao nunca negou que prefere beber café do que mate, ou não fosse ele colombiano. No que toca a comida, carne está no topo das preferências, bem mais que peixe.
Cinco anos da sua infância foram passados na Venezuela onde cresceu o gosto pelo basebol, algo que quase o afastou do futebol.Mas desde cedo viram nele qualidades para a arte do Desporto-Rei. De tal modo que aos 11 anos os olheiros do Ajax quiseram contratá-lo. Dona Carmenza Zárate e o senhor Radamel entenderam que ainda não era o momento, visto que o pequeno Falcao era muito novo para rumar à Europa.
Quatro anos depois quem não quis perder tempo foi o River Plate, que disponibilizou 500 mil dólares para o contratar, quando tinha 15 anos. Só saiu do Monumental em 2009, quando o FC Porto o deu a conhecer aos relvados europeus (e de que maneira!).
Já era um homem crescido, diferente do Falcao deu os primeiros pontapés na bola na praia lá da terra, em Santa Marta, no tempo em que o pai queria que o miúdo fosse avançado e no tempo em que dividia esforços pelo Desporto-Rei e pelo basebol (quando morou na Venezuela).
Profundamente religioso, este admirador dos filmes do Batman não entra em campo sem antes rezar. A religião é coisa séria na sua vida daquele que muitos conhecem simplesmente por El Tigre. Porquê? Pela forma como luta por cada bola e por ser rápido no ataque à bola. O apelido foi-lhe colocado quando jogava na Argentina.
A história no Porto e em Madrid é por todos conhecida. Golos e mais golos. Porém, desde que no verão de 2013 trocou a capital espanhola pelos milhões do Mónaco que Radamel Falcao nunca mais tinha sido o mesmo.
Viveu um longo calvário com uma lesão que lhe tirou o Mundial 2014, andou pela Premier League mas o seu regresso aos relvados foi sofrido, ao ponto de ser considerado um flop. Voltou ao Principado e volta a ser o Tigre de área, o mesmo que encantou a plateia do Dragão e do Vicente Calderón.