Durante 90 minutos, o guarda-redes do Braga foi a figura principal do jogo (pelo muito que defendeu e pelo muito que... queimou), levando sobretudo André Silva ao desespero. Sendo a última barreira de uma equipa condenada a defender depois da expulsão, o guardião só não teve argumentos para um rapaz que já merece capas de jornais.
Não há pontas de lança portugueses? O FC Porto parece mesmo ter a solução na sua fábrica. Depois de André Silva aparecer e se ter imposto na equipa inicial, agora é Rui Pedro quem está apostado em deixar marca. Surpreendeu a sua inclusão na vez de Depoitre na convocatória e Nuno não hesitou em lançá-lo. Andou por ali, a ver os colegas falharem golos de todas as formas e feitios, e esperou pelo seu momento. Felino, frio e eficaz, não tremeu com os seus 18 anos e virou estrela do jogo.
Isto num Braga onde Vukcevic foi o elemento mais sóbrio. Xeka também esteve muito bem (e nota-se que é o elemento condutor de jogo a meio que a equipa precisa em 4x4x2), mas falhou vários passes, refém das poucas linhas criadas. Vukcevic não se expôs tanto ao risco, foi mais simples e, por isso, também leva nota muito positiva.
Em baixa esteve André Silva. Por vezes, torna-se cruel bater num jovem, ainda por cima com tanto empenho que emprega em todos os jogos, como é o caso. Só que o jogo não saiu bem ao camisola 10, que perdeu no duelo individual com Marafona de praticamente todas as formas possíveis - penálti incluído. De qualquer forma, não convém esquecer que não foram poucas as vezes esta época que foi ele quem disfarçou o problema de eficácia dos dragões (sim, não é de agora...) com golos decisivos.
1-0 | ||
Rui Pedro 90' |