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    História de vida do argentino

    Perotti: Os treinos com Gaitán, a depressão e a vida no bairro

    2016/11/25 18:36
    E0

    Não é a primeira nem segunda e, porventura, não será a última vez que lhe vamos falar da vida de um jogador que não foi nada fácil até chegar às luzes da ribalta. Nas linhas que se seguem, o zerozero revela-lhe alguns pormenores da vida de Diego Perotti, o argentino que se fala por Itália depois do golo (!) na Liga Europa frente ao Plzen.

    Nascido a 26 de julho de 1988, em Moreno, uma pequena região a cerca de 25 quilómetros de Buenos Aires, Perotti nunca teve aquilo a que é comum chamar-se de lar normal, com um pai e uma mãe a viverem juntos e felizes com os seus filhos. Para os Perotti a vida foi sempre difícil.

    Filho de pais divorciados, cresceu num bairro problemático, onde a droga, a delinquência e os problemas sociais eram frequentes (e ele sem o tal suporte forte da família). Mesmo assim, manteve os sonhos intactos fosse no desporto ou nos estudos, onde tentou a sorte na Psicologia.

    O pai, Osmar Perotti, foi um conhecido avançado argentino nos anos 70/80, e Delia, a mãe, uma professora da Educação Física. Está bom de ver que a vida do pequeno Diego acabaria por ter os sonhos embrulhados em desporto.

    Daí que ambos tenham visto o filho procurar a sorte no futebol desde os 12 anos, altura em que Dieguito se apresentou aos responsáveis do Boca Juniors para treinar. Começou a dar uns toques na bola ao lado de nomes como Juan Forlín, Sebastián Nayar, Luis Ibáñez e Nico Gaitán.

    Perotti na eliminatória da Champions contra o FC Porto ©Global Imagens / Fábio Poço
    Dois anos depois, deixava o clube da Bombonera com uma certeza, que as páginas do El Confidencial revelaram anos mais tarde: «Foram dois anos de autêntico calvário. Não me lembro de um só dia em que não me fizeram sentir um falhado».

    Rumou, então, para Morón, uma localidade perto de Buenos Aires, e onde viveu os melhores anos da sua infância (se é que os teve) ao serviço do Deportivo local. «Só aí encontrei tudo que não tive no Boca: educação e boas pessoas», disse aquele que ainda hoje é conhecido por essas bandas como El Galgo.

    Estudou Psicologia e Criminologia

    Aí destacou-se tanto com a bola nos pés ao ponto de ter despertado a cobiça do Sevilha, que não teve dúvidas em pagar cerca de 200 mil euros para o contratar. Tinha pretendentes em Itália mas acabou por se decidir por Espanha, isto depois de realizar alguns jogos pela seleção Sub-20 da Argentina.

    Diego Perotti
    2 títulos oficiais

    Mas na andaluzia as coisas não correram bem, no que ao futebol dizem respeito. Foi fustigado por lesões, chegou a ter uma depressão, teve um desentendimento com os adeptos e pensou mesmo em tomar medidas radicais mas manteve a calma no momento de decidir (talvez uma calma que o curso de Criminologia que realizou em Sevilha lhe deram). A solução encontrada pelos responsáveis do Sevilha acabou por passar por emprestá-lo ao Boca, na época 2013/14. 

    Perotti nos tempos do Génova ©Getty / Getty Images
    Porém, a sorte voltou a virar-lhe costas na Bombonera e voltou ao Velho Continente para representar o Génova, que pagara 300 mil euros mais 10 por cento de uma futura venda ao Sevilha pelo seu passe.

    Uma época e meia em Génova bastaram para convencer a Roma a tentar (e a conseguir) o seu empréstimo. Convenceu de tal modo que o emblema da capital italiana já o contratou e esta época segue em alta: seis golos em 16 jogos oficiais.

    Nas entrevistas que dá (e não gosta de dar muitas), Perotti tem sempre uma coisa clara: «Sei de onde vim e para onde quero ir». E não poupa nas palavras para assumir que a vida em miúdo era «uma merd*».

    Hoje em dia, pelas encantadoras ruas de Roma há quem o veja como sucessor de Totti no que à mística dos giallorossi diz respeito. O tempo o dirá.

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    jogos históricos
    U Quinta, 24 Novembro 2016 - 20:05
    Stadio Olimpico
    Tobias Stieler
    4-1
    Edin Džeko 11' 61' 88'
    Diego Perotti 82'
    Martin Zeman 18'
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