Vários foram os jogadores que se evidenciaram no clássico por parte do FC Porto. Dois deles estão nos dragões por cedência dos colchoneros, sendo que ambos têm cláusulas de opção de compra (elevadas) que permitam aos portistas continuarem com os seus serviços.
A propósito desse cenário, que ainda não é para já, mas que importa aos adeptos (e à SAD, evidentemente), o zerozero falou com o jornalista espanhol Victor Molina Pozo, que acompanha regularmente o clube colchonero e que avaliou as duas situações em causa, acreditando que «existem planos diferentes».
qSeria inteligente dar uma oportunidade a Jota para ver se é como Pizzi ou se, por outro lado, é como Simão Sabrosa
«Com Óliver, dá a sensação que o seu futuro não está ligado ao Vicente Calderón e a maior prova disso foi por ter assinado um contrato de empréstimo até dezembro de 2017, ou seja, época e meia, ao contrário do habitual, que é uma época. Com Óliver, fez-se uma forte aposta na época passada, ao ponto de se Raúl García ao Athletic para que ele tivesse mais minutos. Simeone começou por o meter a titular, mas foi perdendo protagonismo porque não rendia o que o técnico dele exigia. Dá a sensação de que El Cholo não é seu apreciador e que não terá nenhum problema em prescindir dos seus serviços. Além disso, o Atlético também não se importaria de desfazer-se do jogador se chegar uma boa proposta. A situação de Diogo Jota é diferente. Chegou no verão, competiu por um lugar e não convenceu Simeone na pré-temporada. Acreditou que ainda não estava preparado para render ao nível que se lhe exige o Atlético de Madrid e considerou que a melhor opção era que saísse para uma equipa onde pudesse ter os minutos que não ia ter no Vicente Calderón. Jota é um melão por abrir [n.d.r.: expressão espanhola] e está por saber o futuro que terá no futebol espanhol. Espera-se que regresse no final da temporada para tentar a sua sorte», contou, em entrevista ao zerozero.
Mesmo não sendo valores oficiais, os números avançados pela imprensa espanhola na altura das cedências são de 20 milhões de euros pelo médio e 22 milhões pelo avançado. Molina Pozo acha que poderá haver abertura colchonera para negociar.
| Óliver Torres 2016/2017
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13 Jogos 988 Minutosver mais » «Sobre Diogo Jota, não acredito que se decida vendê-lo assim tão facilmente, ainda que não duvide muito que, se chegar uma proposta interessante, o Atlético irá avaliar. Sobre Óliver, te diria que o Atlético não está disposto a vendê-lo barato, porque acreditam que é um jogador com muita qualidade e muito futuro, por isso esperam conseguir encaixar bons milhões com ele. Saiu por empréstimo e não em definitivo porque nenhuma equipa chegava ao que o Atlético pedia por ele», analisou.
Pizzi como... termo de comparação
Muitos têm sido os negócios feitos pela equipa de Madrid, mas nem todos bem conseguidos, nomeadamente quando a origem é Portugal. E é essa mesmo a razão que faz com que existam reticências relativamente ao marcador do golo portista contra o Benfica.
SIM, POR AMBOS
SIM, POR ÓLIVER TORRES
SIM, POR DIOGO JOTA
NãO, SãO MUITO CAROS
«No seio dos adeptos há uma certa desconfiança dos jogadores que vêm de Portugal, porque não têm rendido. Exemplos: Jackson Martínez, Rúben Micael, Pizzi... Desde que Jota assinou, há um grupo de adeptos que o compara a Pizzi, que não deixou muito boa imagem na sua passagem. De Jota, pouco se sabe e, quando jogou na pré-época, não deu nas vistas. A minha opinião é de que não se pode avaliar já, pois é um jogador jovem, uma promessa que faz bem as coisas no seu país e que é internacional sub-21. Tendo em conta a sanção da FIFA que impede o Atlético de contratar jogadores, seria inteligente dar uma oportunidade a Jota para ver se é como Pizzi ou se, por outro lado, é como Simão Sabrosa», anteviu o jornalista, reiterando depois a ideia de que a margem para Óliver voltar praticamente não existe.
«Sim, parece-me um jogador sem futuro no clube neste momento. Teve oportunidades de brilhar no Atlético e não convenceu. Parece que o seu futuro está longe do Vicente Calderón enquanto Simeone for o treinador», confessou, por fim.