A lei do mais forte. A sorte ditou que 1.º Dezembro e Benfica mediam forças nesta 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, uma competição muito propícia a dar oportunidade – nos clubes grandes – a outras estrelas para se mostrarem no grande palco. Rui Vitória não fugiu à regra e, com semana europeia à espreita, apostou noutros atores que, com menos exuberância, garantiram a passagem dos encarnados à próxima fase, com uma vitória por 2x1.
Danilo abriu o ativo, Pizzi lançou a escada para o segundo que Luisão selou. No entanto, há vários apontamentos a retirar desta equipa em que o técnico dos encarnados apostou para esta partida.
Os sintrenses começaram muito recuados e fechados no terreno, mas nem por isso o Benfica sentiu mais facilidades em chegar mais longe. Zivkovic demonstrou claras dificuldades de entrosamento com a ofensiva encarnada, tal como Carrillo – o pior em campo para o zerozero: lentidão nos processos e falta de dinâmica ofensiva.
Mais atrás, Celis esteve muito aquém do esperado. O colombiano é muito previsível e pouco inteligente na forma como lê o jogo. No capítulo defensivo, nota negativa para Nelson Semedo que, muito desconcentrado ao longo do encontro, comprometeu muitas vezes a equipa.
Decisão. Danilo e Luisão foram os dois elementos decisivos, uma vez que apontaram os dois golos do tricampeão nacional, com principal destaque para o capitão, que assinou o golo da vitória. José Gomes também merece destaque: o jovem encarnado foi titular pela primeira vez na equipa do Benfica e mostrou-se à altura do desafio, com o papel mais ativo no ataque, na primeira parte do encontro – sem medo de arriscar e com capacidade para desequilibrar.
Estratégia. Espírito de equipa. O técnico do 1.º Dezembro montou uma estratégia inteligente e muito interessante que obrigou o Benfica a expor-se defensivamente. A lição bem estudada aliou-se ao espírito de equipa e entreajuda que esteve presente desde o primeiro ao último minuto no conjunto do Campeonato de Portugal.
Sem grandes armas para atacar, um dos papéis principais passou pela destreza de Rui César, que deu velocidade e verticalidade à equipa. Martim, o herdeiro Águas, e ator principal do 1.º Dezembro apontou uma exibição discreta que ficou marcada pelo golo. O filho de Rui Águas e neto de José Águas, foi chamado à marca de grande penalidade e não vacilou, assinalado o único golo da equipa, neste duelo.
1-2 | ||
Martim Águas 62' (g.p.) | Danilo Silva 50' Luisão 90' |