Cinco jogos depois, André Silva voltou a marcar e logo em dose dupla, na vitória do FC Porto sobre o Boavista por 3x1, esta sexta-feira, na abertura da 6ª jornada da Liga NOS.
Um golo axadrezado no primeiro ato do encontro acabou por não ter expressão no lógico desequilíbrio de forças. O FC Porto reagiu naturalmente à desvantagem e virou ainda antes do intervalo. Sociedade Otávio/André Silva regressou em pleno, numa noite em que Adrian López mostrou ser uma alternativa tão ou mais viável que Depoitre.
Sem que o jogo tivesse sugerido grandes tendências, o Boavista chegou à vantagem (5'). Livre de Fábio Espinho da meia direita e Nuno Henrique a desviar de cabeça para o 0x1. Um golo contra a lógica e com o acréscimo de ter sido apontado em posição irregular, ainda que mínima. Um erro que, contudo, não minimiza o erro posicional da defesa portista.
#FCPxBOA: Kamran Agayev é o 4.º guarda-redes utilizado pelo Boavista nesta Liga, depois de Mika, Mamadou Ba e Mickael Meira. #playmaker
— playmakerstats (@playmaker_PT) September 23, 2016
Em desvantagem ainda antes de compreender o jogo, o FC Porto fez o que tinha de fazer. Pegou na batuta, circulou bola e procurou soluções para bater um Boavista que recuou imediatamente. Com Óliver Torres a assumir a tarefa de iniciar a construção, três nomes foram crescendo de importância na reação dos dragões: Adrian López, Otávio e André Silva.
O espanhol – de regresso ao 11 – mostrou-se móvel e disponível para abrir soluções na frente, tornando o ataque do FC Porto menos estático como com Depoitre. Mas seria a parceria entre Otávio e André Silva a virar o resultado. Os dois jovens podem não ter feito o melhor jogo em termos individuais, mas souberam «matar» nos tempos certos.
#FCPxBOA: André Silva volta aos golos: tinha ficado em branco nos 5 últimos jogos pelo @FCPorto. #playmaker #PrimeiraLiga
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Já depois de Danilo ter acertado no poste (18') chegou o empate, um minuto depois (19'). Cruzamento de Otávio e André Silva a surgir junto a Kamran para o desvio. Objetivo alcançado depois de alguns ensaios da dupla nos minutos anteriores. Por esta altura já o Boavista expressava dificuldades evidentes para sair do seu meio terreno; e não melhorou.
Sem que as oportunidades fossem muitas, o FC Porto consumou a reviravolta aos 41 minutos. Grande arrancada de Otávio na esquerda e Henrique, imprudente, a cometer falta. Grande penalidade indiscutível e André Silva a agradecer para o «bis». Os dragões passavam para a frente do marcador e perante a incapacidade boavisteira o jogo cairia num padrão desinteressante.
Consequentemente, a segunda parte foi uma daquelas que não vai deixar saudades. O Boavista ia aqui e ali esbracejando na esperança de lograr novo golpe de sorte que lhe pudesse valer, pelo menos, um ponto no Dragão, mas sem resultados práticos. O FC Porto, por sua vez, jogou sempre com a consciência das limitações do adversário e sem grande pressão acabaria por fechar as contas já perto do fim, com um golo de Alex Telles, mas que Kamran terá de incluir na sua lista de «frangos» sofridos.