Raphael Guzzo: estreia especial e a procura pelo sonho do pai

É claramente um trocadilho, mas que faz sentido. Depois da mudança para Espanha, o médio português teve esta quinta-feira como data para a primeira aparição para o campeonato (já tinha jogado na taça). Em casa do candidato Oviedo, que é treinado por Fernando Hierro, entrou Guzzo a 20 minutos do fim e eis que, nos descontos, surgiu um livre que o próprio bateu para a cabeça do colega Alfredo Máyor.

«Foi bom, joguei 20 minutos, tive a felicidade de fazer o passe para o golo nos descontos. Ganhar no último minuto tem sempre um sabor diferente, é especial. Jogar num estádio como aqueles, com 14/15 mil pessoas a uma quarta-feira, também diz muito e foi um dos motivos para ter vindo para cá. Estádios cheios, campeonato competitivo e de qualidade. A visibilidade é muito maior aqui e defini, na altura, que tinha que sair da minha zona de conforto, houve esta oportunidade e felizmente está a correr tudo bem», contou, em conversa com o zerozero.

Estão a ser bons os primeiros tempos fora dessa «zona de conforto» e tudo porque o ambiente é propício a isso, al lado de Vítor e de Ricardo Vaz.

«Tive a sorte de encontrar dois portugueses aqui, que me têm ajudado muito na minha integração e adaptação. Agora é dar tempo ao tempo para as coisas acontecerem naturalmente. Os espanhóis também são muito porreiros e têm-me ajudado», enalteceu.

Raphael Guzzo Mundial U20

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Ainda assim, está mais perto do campeonato espanhol, um sonho que é de família.

«Jogar no principal campeonato de Espanha não é só um sonho meu, o meu pai também sonha com isso desde que eu sou criança. Estou mais perto, é verdade, e espero que se concretize, mas tenho uma luta contínua pela frente», anteviu.

Chaves x Benfica no sofá

Transmontano e ex-Benfica, o médio abordou também o jogo deste sábado, entre flavienses e encarnados, ainda que sem grande tendência, já que o afeto é repartido.

«Claro que vou ver. De um lado está a equipa da minha cidade, do outro lado está o clube que me formou e que me deu tudo para eu ser o que sou hoje. Vou estar no sofá a ver, mas não quero que ganhe ninguém. Vou estar com o coração dividido e nem seria correto da minha parte estar a torcer por alguém. São dois clubes aos quais devo muito», concluiu.