No empate dos azuis e brancos em Tondela, houve dois Claud's em grande e um dragão adormecido no seu 4x4x2 tradicional e que tão amarrado esteve à dificuldade de impor um jogo diferente do direto. Por mais que Brahimi e Otávio lutassem para fazer a ligação, a equipa voltou a cair demasiado na tentação de jogar diretamente para as referências da frente.
Nesta análise aos elementos em maior evidência no Estádio João Cardoso, começamos precisamente por aí, já que André Silva começou em alta e acabou em baixa. Em alta porque soube ser móvel e desequilibrar quando solicitado no jogo mais flanqueado, tendo em Depoitre um colega ainda por adaptar. Em baixa porque, quando teve hipóteses de decidir na segunda parte, falhou.
Nota positiva para as substituições de Nuno. Óliver, Adrian López e Corona deram muito maior pujança ao dragão, sobretudo o mexicano - podia perfeitamente ter entrado mais cedo. Não chegou porque a finalização foi má, se bem que o FC Porto foi outro depois do técnico mexer.
Do jogo desta tarde pode resultar, como figura mais cintilante, o guardião Cláudio Ramos, que fez duas estupendas intervenções a tirar o golo a André Silva e Adrián López, aos minutos 82 e 92.
Mas, para que os tondelenses chegassem até aí com poucos sobressaltos, muito contribuiu um meio-campo muito solidário ao longo de toda a partida. Fernando Ferreira foi o patrão a mandar e teve dois excelentes funcionários ao seu dispor (e dos laterais): Hélder Tavares e Claude Gonçalves - melhor em campo para o zerozero - foram imperiais nas ações defensivas e o segundo deu enorme acrescento com a bola nos pés.
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