O jogo do Sporting frente ao Moreirense ficou marcado pelas muitas estreias de reforços leoninos. A forma como o jogo decorreu e a vitória que acabou por ser tranquila, permitiu a Jorge Jesus dar minutos a algumas caras novas e tirar boas elações de outros jogadores.
Falta de entrosamento evidente no ataque
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Com Bas Dost a entrar no 11 com poucos treinos e com Joel Campbell a ser titular pela primeira vez percebeu-se que o ataque leonino ainda procura rotinas. Com isto, queremos dizer que os jogadores ainda preocuparam perceber as movimentações preferidas dos companheiros. Nessa fase de maior desacerto leonino, que durou quase meia-hora, a equipa aproveitou a boa forma de Gelson Martins. O internacional sub-21 está num bom momento e carregou a equipa com ele e teve um bom apoio de outros dois «homens da casa» como são Adrien e William Carvalho. Não foi por acaso que o primeiro golo surgiu de uma grande abertura de William para Gelson.
Com a expulsão e com os golos, os reforços, já com Markovic e André em campo, foram-se soltando e mostraram alguns dotes, especialmente individuais, que agradaram à aos adeptos. Campbell mostrou bons movimentos de rotura nas costas da defesa e aproveitou para marcar, já Bas Dost, quase sempre fora dos movimentos da equipa, aproveitou um lance confuso para marcar também.
Laterais ainda à procura de afinação
Se os centrais estiveram seguros no pouco que fizeram, as laterais voltaram a dar sinais de ainda não estarem no ponto que Jorge Jesus gosta. É certo que a equipa não esteve em risco nesta partida, mas percebeu-se que Bruno César continua a ter dificuldades em ocupar os espaços defensivos, especialmente quando tem de fazer face a jogadores rápidos. Sendo que este sábado nem os cruzamentos iam saindo bem ao «chuta-chuta». Do outro lado Schelotto alternou o positivo com o muito negativo. Correu, cruzou (quase sempre mal) e até tentou o golo, mas deu a ideia de estar em falta de forma.
Vontade de Dramé, traída pela expulsão de Neto
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Ainda que Pepa tenha dito que ia a Alvalade tentar atacar, percebeu-se que a vontade do Moreirense era explorar a velocidade. Dessa forma, jogadores como Dramé e Nildo seriam importantes. Ainda que sem o fazerem muitas vezes, os extremos estavam a dar bons apontamentos e exploravam bem o desposicionamento de Bruno César. Foram desaparecendo à medida que o Moreirense foi perdendo força especialmente após a expulsão de Ângelo Neto. O médio brasileiro teve duas entradas muito imprudentes e acabou bem expulso. Com a equipa já a perder, condicionou muito a exibição e ambição dos minhotos.