Está instalada a polémica entre a UEFA e a Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL). Em causa estão as mudanças que o organismo que rege o futebol europeu decidiu implementar na Liga dos Campeões.
Umas das mudanças que a UEFA quer implementar passa por permitir a entrada direta de quatro equipas dos quatro países em primeiro lugar no ranking. Essa é a alteração que mais causa discórdia na EPFL. Para a organização das ligas europeias, essa alteração vai aumentar as diferenças financeiras entre os clubes mais fortes da Europa e os restantes.
Através de um comunicado difundido no site oficial da Liga Portuguesa de Futebol, a associação afirma que as alterações foram feitas sem o apoio das ligas e que por isso são «inaceitáveis». Caso os dois organismos não cheguem a um entendimento, a EPFL pode terminar com o memorando de entendimento com a UEFA e agendar jogos para as mesmas datas que as competições europeias.
Leia aqui o comunicado:
O Conselho de Administração da EPFL reuniu-se, hoje, em Amesterdão, para discutir os resultados da reforma das competições da UEFA entre clubes.
As Ligas Europeias acreditam que a forma como este processo tem sido conduzido pela UEFA é inaceitável, para uma organização que afirma ser o organismo que rege o futebol na Europa. Foi anunciada uma grande mudança no futebol europeu, sem o apoio e o consenso dos organizadores das ligas nacionais de futebol na Europa.
Como resultado da decisão tomada pela UEFA, a EPFL acredita que a UEFA tenha violado o Memorando de Entendimento entre as duas organizações.
No caso da EPFL terminar com o Memorando de Entendimento, como resultado de tal violação, isso daria a todos os Campeonatos Europeus, total liberdade para agendar os seus jogos como entenderem - incluindo nos mesmos dias e às mesmas horas do começo dos jogos das Competições da UEFA.
Por último, a EPFL convida o novo Presidente da UEFA, que será eleito na próxima semana, a reconsiderar a reforma relativa às Competições da UEFA. As Ligas Europeias estão prontas para receber o novo Presidente da UEFA para discutir estas questões.