"Éder, Éder, Éder". O herói da final de Paris está com crédito entre a alma lusitana e o povo fartou-se de acarinhar aquele que ficará para todo o sempre na história e na memória do futebol nacional. O Estádio do Bessa, na Invicta cidade do Porto, testemunhou esse carinho.
95 dias depois, Éder voltou com a seleção às margens do rio Douro. E se no duelo particular contra a Noruega, que se jogou no Dragão, ouviu raspanetes e assobios vindos da bancada a cada jogada que não conseguia concretizar em golo, desta vez foi diferente. Tão diferente. Qual íman para as atenções!
Quando o speaker chamou pelo camisola 9, logo os adeptos brindaram com uma enorme ovação, só superada pelo inevitável Ricardo Quaresma (um caso particular de popularidade por estas bandas) e por Fernando Santos.
Mesmo aí, o povo não se importou e aplaudiu o atacante do Lille, que saiu ao intervalo. "Éder, Éder, Éder", voltou a ouvir-se, enquanto se diluia a pressão do falhanço; porque ela existe sempre para os jogadores da bola.
Sorriso é, no fundo, a forma de expressão facial que traduz o sentimento que invade a alma. Os poetas dizem que pode durar segundos ou mesmo uma eternidade. Veremos se o sorriso e as boas graças a Éder ficam para a eternidade, como aquele golo em Paris.