É uma figura. Disso não sobram dúvidas. Bas Dost chegou este domingo a Alvalade para ser treinado por Jorge Jesus. Uma parceria que promete, nem que seja faísca. Se todos conhecem o feitio do técnico leonino, poucos devem saber quem é Bas Dost. Ei-lo.
«É uma pessoa divertida, positiva mas muito emotiva. E de vez em quando... desliga a ficha», relata o técnico holandês de 57 anos, atualmente no comando técnico do Zwolle. Por isso, Jans alertou que «qualquer treinador terá de aceitar que Dost vai amuar de vez em quando e passar por períodos de maior extravagância.»
Mas na mesma entrevista, Jans sublinhou outro lado: «Esse comportamento é normal nele, tal como entrar em campo e marcar dois golos. Será preciso aceitar isso.» Palavras proferidas numa altura em que as coisas não corriam de feição ao holandês no Wolfsburg.
Depois disso, vieram os hashtags no twitter no início deste ano. Bas Dost começou a marcar - e muito (11 golos em seis jogos) -, de tal forma que na Europa do futebol só um homem estava a marcar mais do que o holandês: Cristiano Ronaldo. «Um dia és um Zé-ninguém, no dia seguinte tens todo um hype à tua volta», disse Dost nessa altura.
E tinha razão no que dizia. Assim que a máquina de faturar encarrilou, não tardaram as alcunhas e hashtags nas redes sociais. De «Dost in Translation» até «From Dost till Dawn», o mundo da internet transformou o excêntrico holandês num fenómeno. Até que os golos pararam.