Causou alguma surpresa as várias ausências de jogadores habitualmente titulares na equipa azul e branca, só que, bem vistas as coisas, esta que Nuno Espírito Santo apresentou é a que mais perto parece estar da que iniciará a temporada.
Convém frisar desde já duas ideias: este é um FC Porto mais ao estilo de Peseiro que de Lopetegui em comparação à época passada, com futebol mais objetivo e vertical e menos intenso na posse (se for preciso, esta equipa joga perfeitamente em contra-ataque); desengane-se o adepto que espere um dragão avassalador, asfixiante e intenso no aspeto ofensivo. A ordem de Nuno é mais direcionada para o futebol eficaz.
O ex-vimaranense esteve mais apagado, só que o seu perfume é perfeito para este dragão, como se viu no segundo golo. Outro dos regressados a Guimarães foi André André, que também parece estar de volta à boa rotação. De fininho, sem se notar muito, foi tricotando o jogo, mais junto dos extremos, onde Corona foi o mais ativo. Se continuar a crescer como até agora, duplo André tem tudo para retomar a titularidade. A dúvida é: a 10 ou ao lado de Danilo.
Uma questão que só Nuno e o mercado poderão responder, pois dependerá de Herrera: se ficar, este será o desenho, se não ficar, André deve recuar (a menos que apareça Rúben Neves). E, se o fizer, as opções são várias para a posição 10: o próprio Otávio ou outro nome menos provável à partida. É que Adrián López está bem melhor do que o que se tinha visto até agora em solo português - quem diria? - e o próprio Bueno deixa sempre aquela sensação de que tem tanto para mostrar...
Mas são visíveis as melhorias e há um dado novo: será que Layún não poderá mesmo aparecer como extremo em determinados (períodos dos) jogos? Ajuda bem mais no processo defensivo e mantém em campo a sua aptidão para assistir. A avaliar...
0-2 | ||
André Silva 8' 32' |