Ainda não é mestre, mas caminha a olhos vistos para se tornar a lógica opção para a frente de ataque do FC Porto nesta época. O avançado fez os dois golos da vitória em Guimarães, contra um conjunto solidário, mas ainda a precisar de muito calo, e Nuno conseguiu retirar ilações interessantes, a duas semanas do arranque do campeonato.
Diz o dicionário da língua portuguesa que, por eficácia, se entende a «força latente que têm as substâncias para produzir determinados efeitos». Adaptando ao futebolístico, subentende-se que as substâncias são os jogadores e os efeitos são... os golos, pois claro. E esta é uma lição que André Silva parece ter muito bem aprendida neste momento.
A apresentar um 4x4x2 que colocava Rafael Miranda (o patrão da equipa) mais recuado para iniciar a construção, a formação de Pedro Martins mostrou alguns momentos interessantes e tornou-se perigosa quando soube ir à linha e cruzar para a dupla de avançados - que precisa de estudar melhor a tal definição.
Um golo que amenizou bastante os vitorianos, que praticamente deixaram que o intervalo chegasse para irem buscar às palavras de Pedro Martins a sabedoria para ainda ser possível discutir o resultado no segundo tempo.
O que não aconteceu. Houve um cruzamento traiçoeiro de Franci, mas no resto, foi a equipa portista a entrar melhor. Já com um arranjo tático um pouco diferente - Adrián entrou para as costas de André Silva, num 4x4x2 alternativo - os portistas dispuseram de mais ocasiões, uma por André Silva e duas pelo espanhol.
Por fim, deu para ver um pouquinho de Ricardo Valente, a justificar mais, e um Marcos Valente que empresta à equipa vitoriana outro tipo de consistência posicional a meio. Isto para além de Marega, que atuou uns minutos contra a equipa que detém o seu passe. Mas golos não houve mais...
0-2 | ||
André Silva 8' 32' |