O magriço, um dos mais influentes jogadores do futebol português, disse não entender o porquê de tantos elogios à postura de Cristiano Ronaldo no prolongamento da final do Euro, no qual foi um elemento sempre ativo no banco de suplentes, ele que tinha saído na primeira parte do desafio por lesão.
«Foi por isso que ganhámos? Se as pessoas começarem a pensar que foi por causa disso que ganhámos, então exijo que se faça isto em todos os jogos. Tenho 50 anos de carreira, nunca assisti a uma coisa destas na minha vida. E agora querem convencer-me que foi por causa disto que se ganhou? Vou-me matar, como dizia o outro», disse, numa entrevista ao jornal i.
E continuou, na mesma lógica: «Acho que se apoderou do Ronaldo uma ansiedade tremenda de querer ganhar e demonstrar que era líder. Quem é líder não tem necessidade de fazer isto. Fez aquilo, não trouxe mal ao mundo, ganhámos, mas não é a matriz de liderança. Peço desculpa se estou a ofender alguém».
A seguir, retorquiu com uma comparação e com uma alusão à suposta liberdade tida pelo jogador para ter atuado de tal forma, quando o normal é apenas estar em pé o treinador principal no banco de suplentes.
«Em geral, o país e a comunicação social parece que percebeu que Cristiano Ronaldo aos 31 anos é um líder. Duas semanas antes tinha mandado o microfone para dentro de água e duas semanas depois era líder. Isto é mandar poeira para os olhos, é um atestado de estupidez a quem anda nisto. Alguma vez se Mourinho fosse o treinador aquilo acontecia?», questionou o antigo adjunto de Carlos Queiroz, que em 2010 teve uma quezília com o capitão português após o Mundial 2010.
1-0 a.p. | ||
Éder 109' |