Em Portugal, poucos ouviram falar do Mundialito de sub-17, que teve mais uma edição no país vizinho e que levou Real Madrid e Palmeiras até à final. Nesta competição não participaram equipas portuguesas, mas houve um jogador luso a marcar presença.
O seu nome é Ricardo Benjamim, tem 16 anos e é, por enquanto, jogador dos juvenis da Sanjoanense. Com um físico considerável, o jogador impressionou também pela sua qualidade na posição, quer entre os postes, quer na saída.
O Deportivo quis ver mais de perto e esteve, no último mês, com o jogador inserido no clube, de forma experimental. Nesse período, o emblema da Corunha foi participar no Mundial de Clubes de sub-17 e Ricardo foi convidado para acompanhar a equipa. Mas não se ficou por aí.
Así inicia el @RCDeportivo esta tarde su partido de cuartos de final pic.twitter.com/54TK6Tg5z4
— Mundial Clubes U17 (@mundialmadrid) 29 de maio de 2016
«O balanço da minha prestação é positivo. Fui logo titular no primeiro jogo, contra o Atlético de Madrid. Depois de fazer a primeira defesa, entrei no jogo e penso que saí de cabeça de erguida, jogando no jogo dos quartos de final, contra o Rayo Vallecano», contou, em conversa com o zerozero, a quem explicou a dimensão da competição.
«Aquilo era um Mundialito com transmissão em toda a Espanha e também na internet, os meus pais puderam ver. Era um torneio com muita qualidade, equipas top e que passava nos noticiários, para se ter uma noção da dimensão», referiu.
O jogador apenas falhou um jogo do clube de São João da Madeira e é para aí que agora volta, para terminar uma temporada que deve ser a sua última no Conde Dias Garcia.
«Disseram-me que tinham gostado de mim como portero. Agora tenho que esperar, não posso fechar portas para ninguém. Volto sem o meu futuro definido, a época na Sanjoanense ainda não acabou, falta um jogo contra o Gondomar. Depois tomarei a decisão certa», analisou.
O jovem, de 16 anos, nunca esteve nas seleções jovens, que é um dos seus «grandes objetivos», mas acredita que isso possa acontecer em breve, numa outra realidade. E contou-nos também a sua ligação a guarda-redes de alto nível.
«Dizem que sou parecido, em alguns aspetos, com o Iker Casillas. Admiro-o, mas o que está no topo, para mim, é o Neuer. Sai muito a jogar com os pés, o que eu também gosto de fazer. Aliás, foi um dos comentários que os que relatavam os jogos fizeram de mim, por eu dar essa segurança aos defesas com a bola nos pés», relatou, por fim.