Num jogo de enorme emoção, com três golos, duas grandes penalidades defendidas e inversões constantes de ânimo, o Atlético acabou por sair de Munique com o passaporte para a final da Liga dos Campeões, em Milão. Oblak foi a figura mais evidente de um grupo de guerreiros que não deslumbram (nada) a jogar, mas que não deixam uma única gota de suor por derramar.
Esta crónica podia começar pela grande penalidade defendida por Jan Oblak, a remate de Müller. Podia também começar com o golo de Griezmann, numa arrancada supersónica para, como frieza, bater Neuer e fazer o golo que assegurou a passagem. Mas comecemos pelo Bayern.
Isso foi, realmente, o que mais impressionou na primeira meia hora. Esperava-se muito mais de uma equipa que apenas se agarrou ao 1x0 do Vicente Calderón e que quase perdeu o chão quando Xabi Alonso bateu o livre, que desviou em Giménez e acabou na rede.
Aliás, esse Giménez ficaria claramente afetado e, pouco depois, estava a cometer grande penalidade. Só que Oblak, que já vinha estando enorme diante de Lewandowski, não quis que Müller sorrisse neste regresso à titularidade (ficou no banco em Madrid, numa decisão muito contestada pela crítica germânica).
Sempre com defesa subida, a turma de Guardiola acabou por ver nesse pormenor um pormaior, quando Torres olhou a diagonal de Griezmann e serviu o francês, que, com calma, bateu o sempre difícil Neuer.
Tudo pareceu, nos 20 minutos seguintes, resolvido. Claramente caído anímicamente, o conjunto bávaro foi continuando ligado à corrente pela plateia e por um Guardiola que demorou a mexer, ainda que o tenha feito bem, na altura em que decidiu lançar Coman.
A amenização deu lugar à ebulição quando Vidal assistiu Lewandowski para o 2x1. A eliminatória voltava a estar dividida por um só golo e, para o derradeiro quarto de hora, já não havia quem conseguisse estar sentado.
Ainda houve quem o ficasse quando Çakir assinalou grande penalidade por derrube a Fernando Torres, só que esses mesmos voltaram a restabelecer o ânimo quando Neuer também quis protagonismo e segurou o sonho.
Assistir aos últimos minutos foi, até para o mais desinteressado dos espectadores, um autêntico teste de nervos, mas o cenário estava traçado: Atlético está na final de Milão!
#BAYxATL: Em 5 épocas com Simeone, o Atlético participa em 3 finais da UEFA (1 Liga Europa, 2 #UCL). #playmaker #UCL
— playmakerstats (@playmaker_PT) 3 de maio de 2016
Uma exibição para esquecer do internacional brasileiro. Trapalhão, dominou mal muitas bolas e nunca conseguiu ser o desequilibrador que a equipa precisava. Mesmo na altura em que a sua equipa melhor esteve, o brasileiro foi sempre exceção. Acabou por ser substituído aos 73 minutos e sem muito para contar.