O SC Braga é o primeiro finalista conhecido da presente edição da Taça de Portugal, tendo carimbado o passaporte para o Jamor pela segunda temporada consecutiva em Vila do Conde. O Rio Ave, apesar do fantástico apoio dos seus adeptos, não foi capaz de anular o 1x0 da primeira mão e adiou o sonho do regresso à final da prova rainha do futebol português.
A equipa orientada por Pedro Martins foi a que entrou melhor no jogo. Nada de surpreendente, uma vez que cabia ao Rio Ave a tarefa de arriscar na procura de um golo que lhe permitisse empatar a eliminatória. Com uma pressão intensa desde o primeiro momento da perda da bola, os jogadores vila-condenses conseguiram chegar algumas vezes ao último terço do terreno e ameaçaram marcar na sequência de um canto, com Bressan a rematar com perigo.
Paulo Fonseca tinha avisado para a possibilidade do Rio Ave entrar a mandar, mas o SC Braga pareceu surpreendido com a boa entrada dos da casa. Todavia, os jogadores arsenalistas de pronto reagiram ao decurso do encontro e terminados os primeiros dez minutos assumiram uma postura mais dominadora no encontro. Pedro Santos, só à sua conta, teve três boas situações para inaugurar o marcador. No primeiro remate a bola saiu ao lado, no segundo Cássio defendeu e no terceiro a bola bateu no poste.
Os bracarenses mandavam por inteiro no jogo. O Rio Ave deixou de conseguir chegar perto da área adversária, passou a tentar pressionar mais atrás e muito por culpa do excelente desempenho de Luiz Carlos, médio brasileiro que por várias vezes foi à zona dos centrais buscar o esférico para definir o jogo ofensivo da sua equipa, o SC Braga instalou-se no meio-campo ofensivo e criou mais duas ocasiões para chegar à vantagem, ambas por intermédio de Stoljiljkovic.
No final da primeira parte, o SC Braga beneficiava de cinco oportunidades para marcar contra uma do Rio Ave. O segundo tempo, porém, foi diferente e registou bem menos ocasiões de golo. A formação de Paulo Fonseca passou a jogar mais com o resultado e adotou uma postura mais pragmática. Os minhotos baixaram as linhas, jogaram com o tempo e os vila-condenses, apesar de terem mais bola e de passarem mais tempo ao ataque, exibiram poucos argumentos para desfazer a organização defensiva dos forasteiros.
Ainda assim, foram os homens de Pedro Martins, no período em que mais arriscaram em busca do golo e já com Hélder Postiga em campo, que estiveram mais perto de marcar. Jogando mais com o coração do que com a razão, o Rio Ave conseguiu ameaçar num remate de Tarantini, num acrobático de Postiga, que estava em posição irregular, e de Wakaso, já em período de compensação. Porém, em nenhuma das situações Matheus foi verdadeiramente posto à prova.
O jogo terminou, assim, sem golos e com uma festa tremenda dos jogadores e adeptos do SC Braga, que regressa à final da Taça de Portugal após lá ter estado na temporada passada. Do outro lado, os adeptos do Rio Ave, desconsolados, não deixaram de aplaudir os seus atletas que tudo fizeram para conseguir o apuramento para o Jamor.