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    Dragões derrotaram o Marítimo pela margem mínima

    É difícil apagar hábitos antigos mas FC Porto cumpriu na estreia de Peseiro

    2016/01/24 22:28

    A expressão «o hábito faz o monge» assenta que nem uma luva ao FC Porto. Uma época e meia sob o comando de um treinador, no caso de Julen Lopetegui, é muito tempo e por isso ninguém esperava que José Peseiro, com apenas três dias de treinos, fosse promover grandes alterações na equipa. Aliás, não fez nenhumas, em comparação com a formação titular que na última jornada perdeu com o Vitória de Guimarães. Consequência: muito do FC Porto que se viu contra o Marítimo teve ainda com o cunho do antigo treinador.

    É natural. Durante ano e meio, a equipa do FC Porto ganhou rotinas, um estilo de jogo bem vincado, cujas ideias não se desvanecem de um momento para o outro. A juntar a isso, dos jogadores escalados por José Peseiro, nenhum deles representava os dragões antes de Julen Lopetegui, pelo que a cultura de FC Porto foi toda adquirida por intermédio do técnico basco.

    A insegurança defensiva registada na maioria dos jogos com Julen Lopetegui registou-se contra o Marítimo. Não tirando logicamente qualquer mérito à equipa orientada por Nelo Vingada, que teve a inteligência de perceber as fragilidades que podia explorar, foi muito por culpa dessa intranquilidade defensiva dos azuis e brancos que os madeirenses tiveram algumas situações para conseguir outro resultado no Estádio do Dragão que não a derrota. O lance em que Dyego Sousa cabeceou completamente à vontade no coração da área à barra da baliza de Casillas, pouco tempo após o golo do FC Porto, é um exemplo gritante disso. A juntar a isso, passes falhados no meio-campo e perdas de bola e zonas perigosas deixaram sempre a equipa em sobressalto e permitiram ao Marítimo estar sempre dentro do jogo e lutar por um resultado mais positivo.

    No entanto, houve também alterações positivas que José Peseiro procurou promover e que serão, certamente, melhor trabalhadas de agora em diante. Com um 4-2-3-1 bem vincado, com Herrera bem próximo de Danilo Pereira, o FC Porto entrou pressionante e procurou desde o princípio ganhar espaços nas costas dos defesas insulares. Brahimi e Corona procuraram mais as zonas interiores e André André foi incansável, estando intimamente ligado ao golo do triunfo, com um remate em que a bola bateu na barra e posteriormente tocou nas costas de Salin e entrou dentro da baliza. Layún foi que assinou a assistência para André André e se a inclusão do mexicano nas movimentações ofensivas não é novidade, o mesmo não se pode dizer de Maxi Pereira, lateral-direito que esteve bastante mais interventivo no ataque do que aquilo que é habitual desde que chegou ao Dragão.

    O FC Porto nem sempre conseguiu manter esta toada de ataque e exibiu insuficiências antigas, como a dificuldade para criar ocasiões de golo. Na segunda parte, apenas Jesús Corona, que obrigou Salin a uma excelente intervenção, é que esteve perto de ampliar a vantagem. O 1x0 foi sempre um resultado perigoso, mas os dragões, com maior ou menor capacidade e por vezes com alguma precipitação dos atacantes madeirenses, conseguiram segurar a magra vantagem e garantiram a conquista dos três pontos, que era, acima de tudo, aquilo que mais se exigia a José Peseiro no jogo de estreia.

    U Domingo, 24 Janeiro 2016 - 20:30
    Estádio do Dragão
    Jorge Ferreira
    1-0
    André André 22'
    Estádio do Dragão
    Lotação50 033
    Medidas105 x 68 m
    Inauguração2003
    FaseCampeonato
    JornadaJornada 19
    A Chave
    Golo do FC Porto: Por ter sido o único golo do encontro, o lance acabou por definir o jogo. Após a bola ter entrado dentro da baliza de Salin, tanto os dragões como os madeirenses tiveram situações para faturar, mas o resultado não sofreu alterações.
    O Árbitro
    Má arbitragem de Jorge Ferreira e da sua equipa no Estádio do Dragão. Ficou, pelo menos, uma grande penalidade por assinalar sobre Maxi Pereira, precisamente aquela em que o uruguaio foi admoestado com um cartão amarelo por suposta simulação. Nas outras duas, o árbitro merece o benefício da dúvida. Além disso, houve ainda dois foras de jogos mal assinalados, um para cada lado, quando os atacantes estavam em boa posição para seguirem em direção à baliza, Aconteceu com Corona e depois com Edgar Costa.
    O Melhor
    André André
    Bem ao seu estilo, o médio internacional português foi incansável. André André jogou na zona interior, posteriormente encostou à direita e cumpriu em todo o lado. Esteve intimamente ligado ao golo que valeu a conquista dos 3 pontos ao FC Porto.
    O Pior
    Herrera
    O capitão do FC Porto, apesar de ter melhorado na segunda parte, esteve longe de realizar uma exibição positiva. O mexicano perdeu bolas em zonas perigosas e nem sempre esteve certeiro no capítulo do passe.
    Forma
    FC Porto
    2015/2016
    31J
    20V
    5E
    6D
    53-23G
    Marítimo
    2015/2016
    24J
    10V
    3E
    11D
    37-42G
    Sabia que...by playmaker stats
    FCP vence 1x0 no Dragão c/ autogolo: tinha acontecido pela última vez em 05/06, frente à Naval.
    2.ª derrota consecutiva do Marítimo na Liga, o que acontece pela 3.ª vez esta época.
    FCP termina a 19.ª jornada com a melhor defesa do campeonato (11 golos sofridos).
    Peseiro como Mourinho: inicia-se como treinador do FCP com vitória sobre o Marítimo, e com o 1.º golo a ser marcado por um adversário.
    O Marítimo aumenta para 5 os jogos sem marcar no Dragão na Liga.
    7.ª vitória consecutiva do FCP em casa sobre o Marítimo no campeonato.
    FC Porto volta a derrotar o Marítimo 4 jogos depois.
    Depois de 2 derrotas consecutivas, o FCP volta às vitórias.

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