Com a saída de Lopetegui, Rui Barros ficou, temporariamente, à frente dos comandos do FC Porto. Nos dois primeiros encontros, o treinador conquistou duas vitórias (0x5 e 0x1), ambas frente ao Boavista, e numa delas garantiu o passaporte de acesso às meias-finais da Taça de Portugal.
Esta não é a primeira vez que Rui Barros está à frente dos azuis e brancos. O mesmo já tinha acontecido em 2006, depois da saída de Co Adriaanse, o treinador assumiu a equipa antes da chegada de Jesualdo Ferreira e ganhou a Supertaça. Já com Lopetegui no FC Porto, Rui Barros foi o comandante dos dragões, no início da época, em Kiev, onde o treinador basco cumpriu um jogo de castigo.
A situação repete-se, Rui Barros assumiu, novamente, o controlo da equipa. No entanto, é um treinador com algumas particularidades. A calma, a paciência e o espírito de equipa são as principais características que saltam à vista durante uma partida.
A mão esquerda no queixo e o braço direito cruzado com o corpo é a expressão corporal que Rui Barros apresenta durante, praticamente, todo o encontro.
O treinador mantém-se, de pé, em frente ao banco de suplentes, quase sempre no mesmo sítio. A postura de Rui Barros evidencia calma e tranquilidade enquanto observa a partida, uma antítese para Julen Lopetegui.
A postura pode ser, praticamente, a mesma mas a atenção no encontro é total. Rui Barros dá indicações aos seus jogadores durante todo o encontro, mas de forma discreta e direta.
As orientações, essas, são, sobretudo, sobre posicionamento. O treinador procura corrigir, no imediato, as falhas que os jogadores vão cometendo. Nos lances de bola parada, Rui Barros evidencia, também, uma preocupação em conseguir comunicar com os atletas antes de estes partirem para a bola.
A arbitragem é um assunto ao qual os treinadores, na generalidade, reagem sempre. Rui Barros também o faz mas de forma (muito) mais... discreta. Quando o antigo jogador do FC Porto entende que há um lance que é falta a favor do seu clube, normalmente, levanta a mão direita em jeito de 'protesto'.
Uma versão muito mais soft daquilo que os azuis e brancos estariam habituados com o técnico basco. Mesmo numa situação mais conflituosa, como foi o exemplo do encontro com o Boavista para Taça de Portugal, onde se registaram alguns momentos de tensão e uma expulsão de um jogador do FC Porto, Rui Barros mantém a sua postura e o máximo que faz é pisar a linha... do campo.
Para além das indicações e orientações, Rui Barros faz questão de aplaudir as boas jogadas e as boas defesas da sua equipa.
O técnico azul e branco, durante todo o encontro, recorre ao banco de suplentes onde vai trocando algumas ideias com os outros membros da equipa técnica. É a esse mesmo banco que Rui Barros recorre, também, para festejar os tentos dos seus pupilos. O treinador festeja os golos com os adjuntos e suplentes da equipa.
Existe uma clara intrusão entre o treinador e a equipa e um espírito de conjunto. É visível que Rui Barros procura muito apoio nos técnicos adjuntos.
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Yacine Brahimi 24' |