Nasceu em Freamunde, deu nas vistas na Capital do Móvel e é internacional português. Já jogou ao lado de nomes como Francesco Totti, De Rossi ou Saviola mas, agora, é no frio ucraniano que vai fazendo pela vida, sendo uma das figuras do Dynamo. Antunes, 28 anos, conversou com o zerozero.pt sobre a sua caminhada no mundo do futebol.
A 1 de abril de 1987, e sem qualquer tipo de engano, nasceu na localidade de Freamunde Vitorino Gabriel Pacheco Antunes, aquele que anos mais tarde o futebol iria baptizar apenas por Antunes. Filho de uma família humilde, cedo percebeu que levava jeito (sobretudo com o pé esquerdo) para os toques com a bola. O velhinho campo do Carvalhal, em Freamunde, isso foi testemunhando.
Fez a formação no clube da terra e por ele jogou até ser contratado pelo vizinho e rival Paços de Ferreira. Na Capital do Móvel o pontapé canhão, a inteligência tática a defender e a atacar despertaram a cobiça da Roma. Mudou-se então para a Cidade Eterna, onde partilhou o balneário com muitas estrelas da seleção transalpina.A sua estreia pelo emblema romano foi no sempre emblemático Old Trafford, contra o Manchester United de Sir Alex Ferguson. Depois do clube Giallorossi passou pelo Lecce antes de regressar ao Portugal natal, na época 2009/10, para o Leixões.
Voltaria à Bota da Europa para jogar no Livorno, isto sempre por empréstimo da Roma. Seguiu-se uma passagem pela Grécia ao serviço do Panionios, outro regresso a Paços de Ferreira antes de rumar ao Málaga, emblema que apenas trocou pelo Dynamo Kyiv.
Pelo meio de tanta aventura pelo mundo do futebol, Antunes não esconde que «têm sido boas experiências».
«Não, não está nada mau [risos]. Comecei no Freamunde, uma equipa que agora está a fazer bons campeonatos na Segunda Liga. Espero que consigam subir para a Primeira. As pessoas de Freamunde merecem», disse-nos ao recordar o primeiro emblema que representou.
Aos 28 anos, este natural de Freamunde não esconde que deseja regressar à seleção nacional.
«A esperança é sempre a última a morrer. Tenho dado o melhor de mim em todos os jogos para conseguir um lugar na seleção e ser titular o máximo de jogos no meu clube. As decisões cabem ao mister tomá-las e ele vai fazer o melhor para a seleção. Eu não vou deixar de trabalhar e quando essa oportunidade surgir, vou estar pronto para a agarrar», avisou o jogador que já foi nove vezes internacional pela equipa das quinas.
A finalizar e num registo já mais descontraído, Antunes não escondeu que a vida de futebolista lhe tem dado «muito» mas, por outro lado, tira-lhe alguns momentos. As Sebastianas, emblemática festa de Freamunde, são um momento de alegria na localidade nortenha. Freamundense que se preze, enche o peito de vaidade e orgulho para estar e falar da festa. Com Antunes não foi diferente.«As Sebastianas? [Risos] Como é óbvio, as Sebastianas são uma festa emblemática da minha terra. Já há bastantes anos que não consigo estar presente nessa festa. Mas a vida é mesmo assim. Tenho de trabalhar. Muitos dos meus amigos de Freamunde, certamente, davam tudo para estar no meu lugar. A vida é mesmo assim. Há que dar tudo todos os dias», e mais não disse Antunes, ele que levou a vitória na mala de regresso à capital ucraniana, onde vai fazendo pela vida.