Todos nós já percebemos que o Mundo ficou diferente depois dos ataques terroristas a Paris. Sim, diferente. A vigilância apertou, os olhares vigilantes das forças de segurança ficaram ainda mais atentos e da dúvida se faz missão, se leva a vida, se cumpre a rotina.
O Estádio do Dragão abriu portas, esta terça-feira, para mais um jogo da Liga dos Campeões. Por este palco já passaram muitas equipas. Muitos já foram os jogos de elevado risco. O futebol, onde a emoção por vezes se mistura com a razão, assim obriga. Mas desta vez não foi como era. A vigilância apertou, para todos. É assim o preço da liberdade neste Mundo que ainda vive na sombra do que aconteceu na Cidade Luz.
Ao contrário de outros dias/noites de jogo grande (como um FC Porto x Benfica ou um FC Porto x Sporting onde a segurança é bem mais apertada), desta vez a revista de adeptos, jornalistas e todos os membros de apoio a este espetáculo de grande dimensão, apertou. O Dragão teve um policiamento bem visível, próximo e atento.
A revista, sendo uma das faces mais notadas desta nova realidade, não foi algo extraordinária. Nada que um comum mortal já não tenha passado em qualquer outra circunstância da vida. Foi tranquila, ordeira e educada; de forças de segurança que parecem estar treinadas para esta nova forma de estar neste Mundo.
Deu para perceber que o FC Porto se preocupou em garantir todas as condições de segurança para os presentes, aliás como é objetivo de todas as pessoas e entidades de bem. Como se pretende que seja normal. Também deu para notar que todos procuraram encarar tudo dentro de uma certa normalidade.
Porém, o Mundo está diferente. Mas não deixa de ser o nosso. E a vida continua. Com vitórias, empates e derrotas. Com maior ou menor vigilância por causa da barbárie que ainda habita o Mundo e obriga a grandes ou pequenas mudanças, como num simples jogo de futebol da prova que apaixona milhões em todo o tal Mundo, a Liga dos Campeões.
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Andriy Yarmolenko 35' (g.p.) Derlis González 64' |