CSKA afasta Sporting da Champions
Onde é que já se viu este filme?
A 18 de maio de 2005, o Sporting jogava a final da Taça UEFA contra o CSKA Moskva. Ao intervalo, ganhava por 0x1 e ninguém achava que o resultado final pudesse ser 3x1. Mas foi. E o filme repetiu-se dez anos depois. Com a eliminatória na mão ao intervalo, a equipa de Jorge Jesus caiu por terra numa segunda parte terrível e onde a equipa de arbitragem foi muito contestada. Certo é que o Sporting cai para a Liga Europa.
Veneno no ar
Slimani no banco
Jorge Jesus lançou Teo Gutiérrez de início, mas não o juntou ao argelino. Deixou Slimani no banco e colocou Ruiz em zonas mais centrais.
Com um estilo mais pausado e conservador, com privilégio à posse, com segurança no passe e com a tentativa de manter o esférico longe do seu setor mais recuado. Foi este o Sporting que entrou em campo na Arena Khimki. Com Aquilani a pautar ao lado de Adrien Silva, João Mário descaiu para a esquerda e Bryan Ruiz apareceu mais próximo de Teo Gutiérrez.
O 2x1 da primeira-mão era bastante perigoso e a postura do CSKA Moskva também não ajudava, pois a formação russa não se aventurou à toa. Como em Alvalade, entrou cautelosa e expectante, dando ao Sporting uma posse de bola que começou por parecer segura, mas que se foi revelando perigosa.
Isto porque, aos poucos, se ia vendo um crescimento gradual do CSKA no campo, ampliando de forma progressiva a pressão exercida na zona intermédia do terreno. O Sporting, que dominava mas não criava perigo, ia encolhendo o seu jogo e vendo o adversário crescer perigosamente.
Café com gelo
Substituição forçada na defesa
Mário Fernandes teve que sair lesionado e Nababkin entrou para o seu lugar. Dois minutos depois, golo do Sporting.
Só que foi no melhor período dos russos que o Sporting marcou. Pelo cafetero Teo Gutiérrez, após excelente passe de João Pereira. Logo depois de uma substituição forçada por parte dos moscovitas, o golo foi o melhor que podia acontecer à equipa de Jorge Jesus, na ida para os balneários.
Porém, se o Sporting gelou o adversário numa altura em que não se adivinhava, também a turma contrária deixou sem sangue a alma lusitana no arranque para o segundo tempo. O golo fortuito de Doumbia não caiu do céu, mas quase - Adrien Silva foi passivo no corte e os centrais foram macios na marcação ao dianteiro.
Necessidade de um leão novamente cerebral e matreiro na gestão do jogo, frente a uma equipa a crescer com o fogo vindo das bancadas mas, lá está, sempre controlada à espera do erro do adversário, na hora exata.
Erro esse que aconteceria já depois de Jesus ter refrescado o ataque. Na defesa, o espaço nas costas foi (outra vez) explorado pelos suspeitos do costume e Musa serviu Doumbia para este colocar tudo na mesma.
Musa da Champions foi para os russos
Com o jogo invertido na sequência da emotividade, o CSKA passava a estar por cima na partida, frente a um leão a acusar muita fadiga e algum receio do adversário. A reação ainda se deu e Slimani chegou mesmo a marcar, num lance muito duvidoso que o árbitro invalidou.
E o embalo continuou pelos russos, que chegariam mesmo ao golo do triunfo ainda nos 90 minutos. Excelente passe de Dzagoev, Naldo incompleto no corte e Musa a fazer o golo do adeus leonino aos 14 milhões...