Barba desgrenhada, pulseiras, anéis, brincos, tatuagens e fama de bad boy. Pablo Daniel Osvaldo tem 29 anos e prepara-se para representar o 12.º clube na sua carreira como profissional.
Fã das bandas britânicas de rock Pink Floyd e Rolling Stones, este italiano de sangue argentino adora tatuar o corpo e dele dizem que é um «rebelde» com «pinta», visto como um «sex symbol». Quando deixa de lado as birras e joga à bola, a música é logo outra.
Um finalizador nato, é forte fisicamente e tem presença na área. Começou a namorar as balizas na academia do Lanús, na Argentina, sempre acompanhado pela voz de Mick Jagger e de "Wild Horses" (traduzindo: Cavalos Selvagens), a música favorita do atacante.«I have my freedom, but I don't have much time». Traduzindo: "Tenho a minha liberdade mas não tenho muito tempo", assim canta Jagger, assim pensa Osvaldo, ele que não nega a infância dura que teve pelas ruas de Buenos Aires.
Aquele que muitos dizem ser uma espécie de Johnny Depp do futebol, gosta de ser pirata e cavalheiro mas não é um jogador igual a tantos outros. O futebol não é a sua vida. Admirado? O futebol é apenas e só uma forma de ganhar a vida, pois o que gosta mesmo é de tocar guitarra e piano.
«Estudo muito guitarra e piano. Não sou amante de futebol. Mal termina o jogo, logo desconecto-me», disse Osvaldo, em novembro de 2011, numa entrevista publicada pelo diário italiano La Gazzetta dello Sport.Se em campo é visto como uma referência de golos, o seu passado tem alguns episódios de indisciplina. Osvaldo - que gosta de ler textos do francês Frédéric Beigbeder - não vira a cara ao tema mas costuma sempre dizer que «não é bem assim».
«Muito do que se fala sobre mim é falso. Algumas coisas são verdade, coisas que não posso negar mas, às vezes, vocês exageram quanto à minha personalidade. Houve coisas que se passaram dentro do balneário mas que não deviam ter passado cá para fora», explicou Osvaldo, em declarações aos jornalistas ingleses quando assinou pelo Southampton, depois de passar pela Roma onde, uma dia, avisou os adeptos que o criticavam: «Posso agarrá-los um por um quando quiserem».Agora, o pirata goleador - que é religioso - chega ao FC Porto com uma carreira de luxo, de muitos golos mas também ao estilo de Hollywood.