Não foi surpresa para a maioria, que já há algum tempo apontava Pedro Proença como um possível candidato à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). Para perceber o que o ex-árbitro pode trazer ao organismo e ficar a conhecer melhor quem é, o zerozero.pt falou com um amigo próximo do candidato, que preferiu não ser identificado.
Nascido em Lisboa há 44 anos, Pedro Proença Oliveira Alves Garcia arbitrou mais de 390 jogos antes de se retirar, em janeiro deste ano. Galardoado com o prémio de melhor árbitro do século na gala dos 100 anos da Federação Portuguesa de Futebol, chegou a dirigir, por exemplo, a final do Campeonato Europeu e da Liga dos Campeões, ambos em 2012.
Aos olhos dos que melhor o conhecem, o antigo árbitro revela-se uma pessoa «sempre motivada a querer fazer mais e melhor naquilo que mais gosta». Assim, seja qual for o projeto a que se proponha, Proença «fá-lo sempre de forma muito calculada, planeada e elaborada, nada é impulsivo, nada é imponderado, é tudo feito com algumas convicções e certezas», explica o amigo, acrescentando que «ele é um vencedor, não entra em projetos para perder, sejam eles de natureza pessoal ou profissional».Quando, em 1998, passou a árbitro de primeira categoria, Pedro Proença não imaginaria, certamente, que a sua carreira, em 2003, chegasse ao patamar da internacionalização. No presente ano, antes de colocar de lado o apito, era considerado como um dos melhores da classe, tanto nacionalmente como à escala mundial.
O sucesso do árbitro reside, de acordo com o amigo, em ser «uma formiguinha de trabalho» e dedicar-se à tarefa «24 horas por dia». Como exemplo, «numa época inteira não falha um treino, pode estar a 'chover canivetes' que, mesmo assim, não há uma desculpa, uma doença ou um pretexto», conta. E será aí que estará a chave, porque «quando tem um objetivo é tão metódico que se obriga a ser extremamente perfeccionista quanto a esse objetivo», completa.
Com uma vida profissional ligada ao mundo da gestão e da finança, Pedro Proença, revela a fonte, «tirou o curso cedo, lançou-se como diretor de uma empresa multinacional e, a partir daí, para as suas próprias empresas, que agora tem e lidera». Dessa forma, a candidatura à presidência da LPFP pode ser a oportunidade de mostrar as suas capacidades de gestor aliadas à paixão pelo futebol.Para quem lhe é próximo, a candidatura do antigo árbitro à Liga de Clubes pode beneficiar de uma das suas características principais: «É um líder nato.» Isto quer dizer que não é só dentro do campo, «é-o em qualquer área em que esteja inserido, é uma liderança natural, não tem que ser trabalhada. Não é imposta, é uma coisa que é mesmo dele, é um traço de personalidade vincadíssimo», conta.
«A hipótese de ter na Liga de clubes um dirigente máximo que não está, nem nunca esteve, ligado a clubes» é uma das vantagens que Pedro Proença poderá representar para o organismo ao qual se candidata, bem como «um reconhecimento nos cinco continentes e essa é uma visibilidade que só trará frutos à nossa liga profissional», afirma a fonte do zerozero.pt.
A nível pessoal, nada melhor do que alguém próximo a Proença para o descrever naquilo que é fora das quatro linhas. «Eu diria que o Pedro é uma pessoa extremamente competente mas é, simultaneamente uma pessoa agradável de estar, uma pessoa simpática, que gosta de estar com amigos, confraternizar, descomprimir. É um homem com H grande e um grande caráter», revela o amigo.
Com a candidatura à presidência já apresentada, restará agora esperar pelo dia 28 deste mês, altura em que ficará a saber-se se Pedro Proença é o escolhido dos clubes ou se, pelo contrário, leva um cartão vermelho.
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