Nuno Assis cruzou-se com Jorge Jesus em Guimarães na época de 2003/2004, um ano antes do internacional português seguir para o Benfica – onde foi campeão - e de Jesus mudar-se para o vizinho Moreirense.
Em comum, Assis e Jesus tinham também uma passagem pelo Sporting, em eras distintas, obviamente. O médio nos escalões de formação, tal como o técnico, que ainda chegou a representar a equipa sénior dos leões.
«Vindo dele, tudo é possível», atira Assis de imediato, num clima de boa disposição. «Conhecendo-o como eu conheço, tudo é possível. Claro que ninguém estava à espera de uma mudança destas, mas por outro lado também não me surpreendeu», conta aquele que ficou conhecido como «rato atómico» durante os tempos na Luz.
E explica o porquê de não ter sido apanhado de surpresa: «Ele gosta deste tipo de coisas, de correr riscos... de começar do nada. Há vários exemplos de jogadores que ele foi buscar e que ninguém conhecia e que de um momento para outro passaram a valer 20 ou 30 milhões», diz o criativo, de 37 anos.
No dia em que foi apresentado em Alvalade, Jorge Jesus não se retraiu e apontou o Sporting ao título nacional. Uma condição normal, segundo Assis, mas que com o ex-Benfica e atual bicampeão ao leme passa a ter maior taxa de probabilidade.
«O Sporting tem sempre de ser considerado um dos candidatos, agora com o Jesus as probabilidades são muito maiores», diz, concordando no geral com aquilo que Jesus disse em relação a William Carvalho: vai jogar mais.
«Não tenho dúvidas que os jogadores vão render muito mais. Agora, não vai ser fácil porque isto não é de um dia para outro, mas ele vive com esse risco enorme, o de ter de mostrar serviço já. Mas repito, com ele tudo é possível e de um momento para outro o sucesso aparece», atirou sobre o tema Jesus em conversa com o nosso portal.