A dignidade e postura dos representantes de qualquer equipa de futebol, pois estamos em crer que alguns não representam o todo, mais do que participar nos festejos da vitória, está no saber aceitar, assumir e aprender com os seus insucessos.
Uns sabem-no outros não.
Lamenta o VFC qualquer tentativa de desestabilização do Futebol Nacional e das suas instituições. O final do campeonato passado havia, já, sido pródigo em “manobras de diversão”, visando a tentativa de influenciar os desempenhos desportivos dos adversários, procurando desta forma o Gil Vicente alcançar a manutenção para a qual revelou não ter argumentos desportivos, não obstante ter um orçamento muito superior à generalidade dos seus contendores e ter sido o clube que mais jogadores contratou em Janeiro, com chorudos ordenados, sem ter alcançado o efeito desejado. Exemplo paradigmático da gestão desportiva desse clube, foi a dispensa do seu técnico principal à 4.ª jornada, treinador esse que acabou por ser eleito o técnico do ano num dos grandes clubes do Futebol Nacional.
Critica o VFC a postura de certos dirigentes, em tentar obter fora do campo, os objectivos que dentro deste não foram atingidos, numa tentativa desesperada de encobrir os próprios erros, elevando aqui a dignidade e o apoio dos adeptos e entrega dos respectivos jogadores.
O VFC, como qualquer contribuinte nacional, paga e procura honrar as suas responsabilidades com a Fazenda Nacional e a Segurança Social.
O VFC, como qualquer contribuinte nacional, nestes se incluindo uma série de outras sociedades desportivas e clubes de futebol, lançou mão de possibilidades jurídicas, consagradas a todos os contribuinte portugueses, nomeadamente o denominado Plano Especial de Revitalização Empresarial, ou outro tipo de acordos, no respeito pela legislação nacional sobre estas matérias, aprovado pelos Tribunais Portugueses.
O VFC no decurso dos últimos dois anos, não só honrou os acordos que firmou designadamente com a Segurança Social e com a Fazenda Nacional, mas sobretudo como a título manifestamente exemplificativo o dizemos (pois que entendemos que não deveremos dar justificações a quem não as merece) no que concerne à Segurança Social, foram, a par dos acordos, abatidos aos planos em curso mais de um milhão de euros.
Rejeitam-se pois afirmações manifestamente falsas de aumentos continuados de passivos.
O VFC sente por vezes, como milhares de contribuintes nacionais, dificuldades de tesouraria motivadas, na essência, por os seus clientes não pagarem a este as suas responsabilidades, como ainda muito recentemente sucedeu na venda de jogadores profissionais a outros clubes, pelo que por vezes o incumprimento de terceiros, motiva apenas o atraso no cumprimento das obrigações do VFC, que honra, cumpre e sobretudo são assumidas por via de reversão, inclusive, pelos nossos dirigentes.
No âmbito dos Regulamentos aprovados por todos os clubes da Liga PFP, o VFC comprovou documentalmente ter a sua situação salarial regularizada perante jogadores e treinadores, refutando determinantemente as acusações levianas que o Presidente desse clube faz.
Os comunicados ora em resposta ofendem os Vitorianos, o Vitória Futebol Clube, a sua Sociedade Desportiva e sobretudo imputa parcialidade às instituições desportivas nacionais, quando só os responsáveis do Gil Vivente não respeitam as decisões tomadas.
O VFC respeita integralmente tudo o que está estabelecido nos Regulamentos e legislação em vigor, tendo por isso sido aceite a sua candidatura. Bem sabemos como os actuais dirigentes do Gil Vicente e, em particular o seu Presidente, não convivem bem com o cumprimento escrupuloso dos Regulamentos como se viu, designadamente, no famigerado “Caso Mateus”, mas isso é algo a que o VFC é completamente alheio.
Afirmações gratuitas como as proferidas devem ser sancionadas por quem de direito.
Quer o Vitória Futebol Clube dizer, por fim, que o Futebol Nacional é bem mais do que isto e merece muito melhor que isto.
Setúbal, 4 de Julho de 2015.
O Conselho de Administração»