O herói improvável da final de Coimbra conseguiu, ao fim da sua terceira época de águia ao peito, o melhor momento ao serviço do Benfica. Mas terá isso chegado para alterar uma visão desconfiada e já descrente do Terceiro Anel?
| Ola John Benfica Total
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87 Jogos 4405 Minutosver mais » Quando chegou, proveniente do Twente, em 2012, não eram apenas os nove milhões de euros da transação que adivinhavam um reforço rentável a longo prazo, desportiva e financeiramente. O impacto da sua qualidade quando começou a jogar foi enorme. Ola John, em 2012/2013, chegou mesmo a sentar no banco Gaitán e/ou Salvio, não raras vezes.
Rápido, com grande aceleração, imprevisível ao encarar o adversário, exímio no cruzamento, o «holandês voador» demonstrava um talento natural que fazia pensar que, bem trabalhado por Jorge Jesus, seria um diamante a lapidar. Na seleção holandesa, pensou-se igual, tanto que Van Gaal lhe proporcionou uma estreia, logo a titular e contra a Itália (1x1).
| Ola John 8 títulos oficiais |
Só que as expectativas não se confirmaram. Inicialmente pensou-se que a irregularidade demonstrada era normal, fruto dos seus tenros 20 anos. Só que a segunda temporada foi demonstrando que nem o jogador dava sequência à evolução, nem o treinador estaria disposto a eternas oportunidades que poderiam colocar em causa o progresso de outros jogadores que evoluíam bem mais.
Por isso, a segunda metade de 2013/2014 teve um Ola John longe da Luz, na Alemanha, a tentar uma reafirmação, que não se confirmou.
Segunda oportunidade
2014/2015 levou Markovic e Rodrigo para outros lados e abriu espaço no plantel. Ola John voltava, ciente de que os erros anteriores não seriam repetidos.
Salvio e Gaitán eram, agora, as asas indiscutíveis, só que hierarquia trazia o holandês em terceiro lugar, ou seja, a primeira opção para substituir os argentinos.
Vitória em Coimbra teve a sua assinatura ©Rogério Ferreira
E Ola John até começou por aproveitar, mostrando uma atitude renovada nas primeiras aparições. Contudo, 2015 trouxe vários azares para os habituais titulares e, aí Ola John já não foi tão acertado, fazendo mesmo com que os adeptos o assobiassem em alguns jogos, nomeadamente da Taça da Liga.
Tanto que, em jogos decisivos onde algum dos argentinos não esteve, Jorge Jesus acabou por preferir Talisca (contra o FC Porto) e Sulejmani, atirando o holandês para trás nas escolhas. Ainda assim, não numa fila tão grande assim, visto que a final da Taça da Liga precisava de um salvador para os benfiquistas e Ola John, de forma improvável, assumiu esse papel, numa altura em que até já se falava numa possível saída em definitivo para o Swansea.
E agora? Sairá ou terá 2015/2016 como derradeira oportunidade para vingar no Benfica?.