Mais bola, mais oportunidades para os dragões, mas o mesmo número de golos. Num desafio de entrega máxima, os vitorianos foram os primeiros a travar o FC Porto de Julen Lopetegui. Os orçamentos são diferentes, a qualidade também, só que a entrega foi ao limite, por parte das duas equipas, num desafio onde Paulo Baptista foi muito contestado. O campeonato tem agora quatro líderes.
#VSCxFCP: FC Porto e V. Guimarães apresentaram onzes muito jovens: 23.84 e 24.47 anos de média respetivamente. #playmaker #primeiraliga
— playmaker stats (@playmakerstats) 14 setembro 2014
Quintero, a surpresa
Com desenhos muito próximos daquilo que se perspetivava, a grande novidade confirmou-se do lado portista. 10 eram quase certos, faltava perceber quem seria o 11º jogador. Não foi Quaresma, nem Evandro. Quintero foi a escolha inicial, para dar virtuosismo à extrema direita. Do outro lado ficava Brahimi, que tinha pela frente o estreante Bruno Gaspar, que aproveitou a lesão de Pedro Correia e o castigo de Nii Plange.
Respeito sim, medo não
O arranque de jogo teve, logo no primeiro minuto, uma oportunidade para Brahimi. Totalmente enganador, para o filme dos minutos seguintes. Os dragões entraram sem grande segurança na condução de bola na zona intermédia, também porque se verificava alguma intranquilidade logo na saída defensiva.
É que os vimaranenses entraram sem medo dos portistas e com intenção de pressionar o adversário. Perante as dificuldades em contornarem esse aspeto, os portistas eram obrigados a recorrentes faltas para travarem os contra-ataques vimaranenses logo à nascença.
O tempo passava e continuava a não ser na construção continuada que os portistas faziam a diferença. Lentos quando o tentavam, os médios azuis e brancos eram facilmente anulados pelos adversários, pelo que não foi de estranhar que a grande oportunidade tenha surgido em velocidade, numa bola longa que Jackson Martínez penteou para a corrida de Brahimi, que foi débil na cara de Douglas.
Depois da pausa forçada, esperava-se um ritmo mais lento até intervalo, o que aconteceu, com os portistas a terminarem por cima. Foi nesse período que apareceu o melhor José Ángel. Para além das garantias que apresenta a defender, o espanhol é também muito certeiro quando ataca, com critério, visão e precisão no cruzamento. Os colegas não aproveitaram.
Castigos máximos
Face a uma entrada novamente enérgica dos vitorianos, Julen Lopetegui demorou pouco a fazer a substituição que já tinha resultado em casa, frente ao Moreirense. Rúben Neves, outra vez com pouca intensidade na condução, cedeu lugar a Evandro, para que o brasileiro disciplinasse o meio-campo.
E foi outra vez na base da velocidade que o FC Porto desequilibrou, desta vez com efeitos práticos. Brahimi, sempre ele, fugiu na esquerda, passou por Bruno Gaspar e foi carregado pelo lateral. Penálti que Jackson Martínez, em dia de jogo 100, se encarregou de converter.
A vantagem fazia adivinhar que os portistas passassem a ter bola com mais segurança e qualidade, até porque a segurança defensiva continuava a acontecer, muito porque Maicon demonstra estar com a sua melhor face, após épocas relegado para segundo plano.
Ainda assim, o golo vitoriano foi o momento que se seguiu, numa imprudência do mesmo Jackson Martínez na área, tal como numa abordagem matreira de André André. Bernard foi o primeiro a marcar aos portistas esta época e a igualdade voltava a verificar-se no marcador.
Tello já estava em campo, mas continuava a ser Brahimi o homem que mais desequilibrava. Perante um Bruno Gaspar muito interessante a atacar, mas pouco disciplinado a defender, o argelino explorou ao máximo aquele lado e só a bandeirola levantada, duas vezes, é que foi travado na sua correria rumo ao sucesso.
Rui Vitória refrescava a frente e reforçava o meio-campo, Lopetegui tardava muito a meter Aboubakar. As melhores oportunidades continuariam a ser dos forasteiros, só que Jackson Martínez mostrou que não é 100% eficaz. Muito por isso, os pontos foram repartidos.
1-1 | ||
Bernard Mensah 70' (g.p.) | Jackson Martínez 61' (g.p.) |