Gelo sobre o Dragão

O FC Porto surgiu em campo em 4x3x3 com Nuno na baliza, um quarteto defensivo composto por Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Lino, no meio-campo actuaram Fernando, Raul Meireles e Lucho, enquanto o ataque estava entregue a Mariano, Lisandro e Rodríguez. Os dragões entraram bem no jogo, dominando as operações, remetendo o Dinamo ao seu meio-campo. Apesar da superioridade evidente no terreno, as jogadas de perigo escasseavam, com registo apenas para um remate de Lucho ao poste direito da baliza ucraniana aos 17 minutos.

A equipa de Jesualdo Ferreira estava tranquila, até que o improvável aconteceu. Aos 27 minutos, Alliev marcou um livre directo ainda distante da baliza de Nuno, que no entanto foi traído pela trajectória da bola, que entrou bem no meio da sua baliza. O guardião portista poderia ter feito mais no lance, mas não impediu que o Dinamo se adiantasse no marcador.

Com a desvantagem no marcador o FC Porto lançou-se na procura da igualdade, mas até ao intervalo foi mais a vontade que o discernimento, o que impediu a criação de jogadas com princípio, meio e fim. A desvantagem no final dos primeiros 45 minutos era claramente injusta e castigava a falta de objectividade do futebol portista.

Jesualdo Ferreira lançou Hulk para o segundo tempo no lugar de Fernando, numa aposta clara no ataque, e a toada da partida manteve-se com os portistas a dominarem por completo o adversário, mas com poucas oportunidades de golo a surgirem. Foram muitos os remates de meia distância tentados pelos jogadores azuis e brancos, que não conseguiam dar profundidade ao seu futebol, e o nervosismo começou a tomar conta das emoções dos pupilos de Jesualdo Ferreira à medida que a partida caminhava para os noventa minutos.

O treinador portista ainda tentou mudar o rumo dos acontecimento com as entradas de Tarik e Tomas Costa para os lugares de Rodríguez e Mariano, mas não logrou evitar a derrota depois de 20 jogos consecutivos sem perder na Liga dos campeões.