Um resultado há muito tempo esperado


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ESTÁDIO DO SPORT UNIÃO SINTRENSE
Espectadores: 400
Temperatura: 16º
ÁRBITRO: Joaquim Lamarosa
ASSISTENTES: João Nunes e Manuel Duarte
AF SANTARÉM
SINTRENSE: Paulo (cap), Saramago, Tomás, Dinis, Serginho (Rochinha aos 58m), Tomé, Leroy (Andrade aos 46m), Bruno Gomes ( Carrasqueira aos 81m), Ton...ler comentário completo »

Um resultado há muito tempo esperado


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ESTÁDIO DO SPORT UNIÃO SINTRENSE
Espectadores: 400
Temperatura: 16º
ÁRBITRO: Joaquim Lamarosa
ASSISTENTES: João Nunes e Manuel Duarte
AF SANTARÉM
SINTRENSE: Paulo (cap), Saramago, Tomás, Dinis, Serginho (Rochinha aos 58m), Tomé, Leroy (Andrade aos 46m), Bruno Gomes ( Carrasqueira aos 81m), Tony, Nuno Dias e Baptista.
Suplentes não utilizados: Crespo, Barroso, Jaco e Fernando Rosa
Disciplina: Nada a assinalar
Técnico: Alberto Bastos Lopes
Golos: Nuno Dias 8m, Bruno Gomes 70m, Andrade 78m, Carrasqueira 85, 89 e 90 (g.p)
VIALONGA: Paulo Marques, Jaime, Sequeira, Plácido, Sérgio Fernandes, Paulo Jaime, Luís Gomes (cap) ( Alhinho 86m), Egas (Zé Duarte 62m), Luís Cruz, Mileu e Luís Miguel.
Suplentes não utilizados: Paulo Baceira, Francisco e Valdo
Disciplina. Cartões amarelos: Paulo Jaime 44m, Jaime 45m
Cartão Vermelho: Mileu 90m
Técnico: Carlos Eduardo.
Troféus Sintrense
Disciplina: Saramago 3 pontos, Dinis 2 pontos e Nuno Dias 1 ponto.
Arbitragem: 47 pontos
Quis o destino, que a 25ª jornada do campeonato nacional de futebol da 3ª divisão, proporcionasse ao Sintrense a maior goleada da época, e o resultado mais volumoso, até ao momento, registado neste campeonato. Um resultado que não cai do céu. Um resultado inteiramente justo, que peca por defeito, já que, e bem vistas as coisas, poderia ter sido mais volumoso, se (e nisto há sempre os ses), o Sintrense tivesse concretizado só metade das oportunidades registadas na primeira parte, onde apresentou um vendaval de futebol atacante e de oportunidades desperdiçadas, e onde, curiosamente só marcou um golo. Não vamos dizer que foi uma exibição perfeita. Nada disso. Mas bem podemos dizer que foi uma portentosa exibição, tal a maneira como o Sintrense conseguiu (por grande mérito dos seus jogadores) manietar o adversário no último terço do terreno. Quando em noventa minutos de jogo, apenas por uma vez se concede espaço ao adversário para criar perigo...está tudo dito.
Este resultado, e pelo que temos visto, é um resultado que já se esperava em Sintra. No meio de tantos jogos a falhar oportunidades atrás de oportunidades, a jogar bem melhor que os adversários, e a perder ingloriamente, quase sempre pela margem mínima, alguém teria que pagar a fava. E essa fava saiu á equipa do Vialonga, que nunca teve argumentos para travar o caudal atacante do Sintrense. Um Sintrense que demonstrou uma garra, uma atitude e uma vontade férrea de vencer...e convencer. Um Sintrense pressionante, que nunca, mas nunca deixou o adversário tomar conta do jogo, nem ameaçar tal objectivo.
Mas vamos á história do jogo. Uma história, que se resume aos golos, e ás oportunidades desperdiçadas pelo homens do Sintrense.
Logo no primeiro minuto, Sequeira faz falta sobre Serginho sobre a linha limite da grande área do Vialonga. Tomás, remata forte, mas a bola embate na barreira. No minuto seguinte, Leroy vai á linha, cruza, e Dinis remata á figura de Paulo Marques.
Aos oito minutos, jogada em velocidade de Nuno Dias, que na insistência ganha o ressalto, entra na área, e fuzila autenticamente o guarda-redes do Vialonga, marcando o primeiro golo do encontro.
Da maneira como o Sintrense estava a jogar, esperavam-se mais golos. Aos 10 e 12 minutos, Leroy teve essa possibilidade, mas na primeira, rematou por cima, e na segunda proporcionou a Paulo Marques a defesa da tarde para canto.
Só dava mesmo Sintrense, e aos 18 minutos, Tomás faz tudo bem feito, entra na área, e remate ao lado, já com Paulo Marques batido. Seis minutos depois, é Serginho que já dentro da área e á meia volta, atira ao lado. O Sintrense pressionava, jogava em velocidade, e o Vialonga limitava-se a ver jogar, sem armas para travar aquela avalanche ofensiva. Aos 29 minutos, Nuno Dias recebe já na área, remata de primeira, para outra grande defesa de Paulo Marques. Aos 36 minutos, Bruno Gomes dá numa bandeja o golo a Serginho, mas este, escorregou e não conseguiu empurrar para o fundo da baliza. Dois minutos depois, Leroy isola-se, e só com o guarda-redes adversário pela frente atira contra o peito deste. Na recarga, Nuno Dias remata ao poste. A partida chegava ao intervalo, e o Vialonga não lograr entrar por uma vez que fosse, na área sintrense.
Para a segunda parte, e nos primeiros quinze minutos, parecia que o Vialonga trazia outra disposição, e aos 47 minutos, Luís Cruz, de cabeça, cria a primeira e única oportunidade para a equipa forasteira. A bola saiu perigosamente ao lado da baliza de Paulo. O Sintrense acordou então para o perigo, e na última meia hora de jogo, foi um regalo para os olhos, ver a equipa a jogar, e a marcar. Aos 70 minutos, um defensor do Vialonga atrasa mal a bola para o seu guarda-redes, e muito rápido, surge Nuno Dias, que atrasa para Bruno Gomes marcar á vontade o segundo golo. A equipa do Vialonga como que desapareceu ainda mais da partida, e a partir deste segundo golo sintrense, nunca mais se encontrou. Muito por mérito da atitude demonstrada pelos jogadores do Sintrense, que sentiam que aquela era a sua tarde. Aos 78 minutos, jogada rápida do ataque do Sintrense, em três toques, com Nuno Dias a fugir pela direita, a cruzar ao segundo poste, onde o recém-entrado, Andrade, só teve mesmo que encostar o pé para marcar o terceiro. Não demorou muito o quarto golo sintrense, pois sete minutos depois, Nuno Dias corre novamente pela direita, e com novo cruzamento, dá a outro recém entrado (Carrasqueira), o quarto golo. Quatro minutos depois, o mesmo Carrasqueira beneficia de uma jogada de insistência de Tomás, para marcar novamente, sem hipóteses para Paulo Marques. Com cinco golos, e da maneira como estava o jogo, pressentia-se que o Sintrense poderia marcar mais, e foi o que aconteceu ao minuto 90, numa grande penalidade clara cometida sobre Andrade, com Carrasqueira a fazer o hat-trick, e a fazer a meia dúzia de golos em Sintra, para gáudio de todos os adeptos do Sintrense. O jogo terminava aí, com a equipa do Sintrense a sair de campo sob uma enorme salva de palmas, e com a missão de dever cumprido. Fruto da atitude e da vontade demonstrada por todo o grupo de trabalho. Um resultado que a equipa já merecia face ao que vinha acontecendo nos últimos jogos. Quanto ao Vialonga, uma equipa tranquila na classificação, teve o “azar” de apanhar pela frente uma equipa do Sintrense que esteve imparável e com uma sede terrível de golos. Uma vitória moralizadora do Sintrense para os futuros compromissos que se avizinham.
Quanto á arbitragem da partida, se Joaquim Lamarosa esteve bem, o mesmo não podemos dizer do seu assistente do lado da bancada que tirou inúmeros foras de jogo aos avançados do Sintrense, sem que houvesse justificação para tal.
MOMENTO DO JOGO: O golo de Bruno Gomes, e o segundo do Sintrense ao minuto 70. Foi o princípio do fim da resistência do Vialonga. A partir dali foi a queda total.
HOMEM DO JOGO: Apesar dos três golos de Carrasqueira, consideramos NUNO DIAS o homem do Jogo. Esteve em quatro golos, e mais do que isso, jogou e fez jogar toda a equipa. Foi diabólico nas arrancadas pelos flancos, e correu quilómetros em todo o jogo. Brilhante.
POSITIVO: A goleada registada pelo Sintrense. Parece-nos que chegou na melhor altura para moralizar todo o Grupo de Trabalho para os futuros compromissos que se avizinham neste campeonato.
APLAUSOS: Para CARRASQUEIRA. Nove minutos em campo e três golos. Parece-nos que é inédito a nível nacional. Merece todos os Aplausos.
NEGATIVO: Para o assistente de Joaquim Lamarosa, do lado da bancada, aconselhamos uma reciclagem à Lei do fora de jogo. O Sintrense bem se pode queixar de ter visto uma série de jogadas perigosas interrompidas, pela má leitura desse senhor assistente.
Declarações:
Alberto Bastos Lopes (técnico do Sintrense): Foi um bom jogo, muito bem conseguido por parte da nossa equipa, á semelhança do que temos feito ultimamente, mas onde não ganhávamos. Já dei os parabéns aos meus jogadores. Independentemente de ter vencido por 6-0, e isso para mim, passa sempre para segundo plano, pois té podíamos ter ganho por 1-0, 2-1 ou 3-2. A atitude e o carácter dos jogadores, misturado com a vontade de vencer, deixa um treinador feliz, e se as bolas entram ou não entram...faz parte do futebol. Hoje estamos felizes, pois demos continuidade ás boas exibições que temos vindo a efectuar nos últimos jogos, e conseguimos concretizar essa boa exibição em golos. Penso que fomos superiores em todos os aspectos, em todos os capítulos e em todas as vertentes. O nosso adversário teve uma situação de golo no início da segunda parte, onde entrámos um pouco em soupless. Foi o alerta final para nos libertar e caminhar para uma boa exibição e um grande resultado. Só podemos estar tranquilos quando estivermos libertos de qualquer situação perigosa em termos de descida, mas é bom ganhar com esta supremacia toda. Quero dedicar esta vitória a todos aqueles dirigentes que nos acompanham e apoiam a equipa, que acreditam em nós, e não me vou esquecer da massa associativa, que esta vitória também é para eles. O meu obrigado, em meu nome e em nome dos jogadores.
Carlos Eduardo (Técnico do Vialonga): Esta derrota por estes números não estava nas nossas previsões, nem das previsões do Sintrense. Acho que a partir do segundo golo, o jogo perde a história, pois vieram ao de cima, algumas dificuldades que temos tido. Isso não quer dizer nada, pois com um resultado destes, há que assumir, e só quer dizer que estivemos muito pior que os outros. O árbitro não tem culpa de nada, foi única e exclusivamente da nossa responsabilidade. No entanto sabemos que existem dificuldades neste clube, pois hoje tivemos no banco, um guarda-redes júnior, m jogador lesionado, outro que não treinou durante toda a semana, e um ex-júnior. De resto são lesões, são castigos, são excursões de finalistas que não se podem compadecer com a competição a este nível, mas como somos um clube simpático, toleramos isto, e é claro que não se compadece com estas situações, quando apanhamos uma equipa com a dinâmica demonstrada pelo Sintrense. Mas felizmente estamos tranquilos, e temos feito um campeonato para além das nossas expectativas. Agora não nos podemos esconder atrás disso, e temos que procurar sempre mais, não deixando uma imagem como esta, onde somos todos responsáveis.



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