Uma vitória tranquila


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Estádio do Sport União Sintrense
Espectadores: 200
Temperatura: 18º
ÁRBITRO: Mário Botelho
Assistentes: Pedro Moniz e Sérgio Costa
AF Ponta Delgada
SINTRENSE: Paulo (cap), Saramago, Tomás, Dinis, Serginho (Jaco aos 80m), Tomé, Leroy (Fernando Rosa aos 56m), Bruno Gomes, Nuno Dias, Amarildo (Rochinha aos 68m) e Bapti...ler comentário completo »

Uma vitória tranquila


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Estádio do Sport União Sintrense
Espectadores: 200
Temperatura: 18º
ÁRBITRO: Mário Botelho
Assistentes: Pedro Moniz e Sérgio Costa
AF Ponta Delgada
SINTRENSE: Paulo (cap), Saramago, Tomás, Dinis, Serginho (Jaco aos 80m), Tomé, Leroy (Fernando Rosa aos 56m), Bruno Gomes, Nuno Dias, Amarildo (Rochinha aos 68m) e Baptista.
Suplentes não utilizados: Crespo, Barroso, Carrasqueira e Andrade
Disciplina: Nada a assinalar
Técnico: Alberto Bastos Lopes
GOLOS: Nuno Dias 11m; Tomás 17m; Amarildo 32m e Rochinha 84m
FAZENDENSE: João Paulo, Nancassa ( Filipe aos 70m), Koeman, Fábio, Liká, Sérgio (Vitinho aos 55m), Matias, Luís Amante, Zé Miguel, Renato (Bruno aos 80m) e Rui Lopes (cap).
Suplentes não utilizados: Pedro e Carrapato
Disciplina: cartões amarelos: Fábio 32m, Rui Lopes 81m e Luís Amante 89m



Técnico: Paulo Jorge Moreira.
Troféus Sintrense
Disciplina: Saramago 3 pontos, Tomás 2 pontos e Bruno Gomes 1 ponto.
Arbitragem: 35 pontos
Foi uma vitória tranquila a que o Sintrense obteve frente ao Fazendense. E foi tranquila, porque para além de marcar cedo (logo aos 11 minutos), tudo fez para que assim fosse.
Principalmente na primeira parte, onde o Sintrense marcou três golos, e outros tantos ficaram por marcar. Aliás, e tirando um lance de perigo do Fazendense, aos 23 minutos, em que Matias cabeceia junto ao poste da baliza de Paulo, o jogo apenas teve um sentido: o da baliza do Fazendense. È uma vitória deveras importante para os futuros compromissos do Sintrense neste campeonato, atendendo também um pouco aos resultados registados nesta jornada, favoráveis ao Sintrense. Mas nesta coisa do futebol, o Sintrense só poderá contar mesmo consigo próprio, e conquistar o maior número de pontos possíveis, para atingir a tranquilidade na tabela classificativa.
Frente ao Fazendense, e como se disse, só deu mesmo Sintrense. Ainda antes do primeiro golo, aos cinco e nove minutos, o Sintrense poderia ter inaugurado o marcador:
Na primeira jogada, um lance muito rápido pela direita do ataque do Sintrense, cruzamento para a grande área contrária, onde Tomás e Serginho falharam incrivelmente o golo inaugural. Quatro minutos depois, Leroy é mais rápido do que o guardião contrário, antecipa-se, mas depois, com tudo para fazer golo, remata ao lado.
Quem não falhou foi Nuno Dias, pois aos 11 minutos, rápido como uma flecha, antecipa-se á defesa contrária, e faz um golo de belo efeito. Um golo madrugador, que deu á equipa a calma necessária, para seis minutos depois marcar o segundo golo. Nuno Dias remata de primeira para uma grande defesa de João Paulo para canto. Nesse canto, Bruno Gomes coloca na cabeça de Tomás, que dentro da área, empurra para o fundo da baliza contrária. Era o 2-0, com o Sintrense a jogar bem, com a equipa a pressionar muito e sempre muito rápida sobre a bola, e nas recuperações a aproveitar bem os lances em profundidade. O Fazendense, limitava-se a ver jogar e raramente ultrapassava a linha de meio campo. Aos 32 minutos, e a culminar o melhor jogo do Sintrense, um livre na direita apontado por Bruno Gomes ao segundo poste, proporciona a Amarildo, o terceiro golo da tarde. O jogo estava praticamente decidido, já que o Fazendense pouco importunava o guardião Paulo. O Sintrense abrandou então um pouco o seu jogo, passando a circular mais o esférico, num futebol mais apoiado, de pé para pé, obrigando o adversário a desgastar-se na procura do esférico. Mesmo á beira do intervalo, Tomás teve o quarto golo nos pés, mas uma grande defesa de João Paulo, tirou-lhe o pão da boca, como se costuma dizer na gíria futebolística.
Com 3-0 ao intervalo, restava saber se por um lado, o Sintrense viria com disposição para marcar mais golos, ou se por outro lado, o Fazendense reagiria a esta desvantagem.
Pois bem: se o Sintrense marcou mais um golo...a reacção do Fazendense, pouco ou nada se fez sentir. As oportunidades começaram a rarear para o Sintrense, enquanto que o Fazendense, mesmo com as alterações registadas, pouco ou mais nada fez. Apenas três situações de destaque: aos 78 minutos, Fernando Rosa falha o tempo de remate, quando se encontrava só com João Paulo pela frente. Aos 84 minutos, o Sintrense chega ao quarto golo, com Rochinha a insistir em corrida e a fazer um golo de belo efeito, e logo no minuto seguinte, é Jaco que em boa posição, remata, mas permite a defesa a João Paulo.
Em suma, uma vitória inteiramente justa do Sintrense, que bem poderia ter marcado mais alguns golos, perante um Fazendense que pouco ou nada fez para incomodar o guarda – redes, e capitão do Sintrense, Paulo. Aliás, e com esta derrota, o Fazendense é a primeira equipa a descer de divisão.
Quando á arbitragem de Mário Botelho e os seus assistentes, nada a registar. Aliás, e não fossem os cartões amarelos mostrados a jogadores do Fazendense, quase que não se teria dado pelo árbitro açoreano. E quando assim é...está de parabéns a arbitragem.
MOMENTO DO JOGO: O golo de Amarildo aos 32 minutos. Foi o golo da tranquilidade para o Sintrense.
HOMEM DO JOGO: Tomás. Foi quem jogou no campo todo. Alguns (poucos) passes falhados não lhe tiram o título de Homem do Jogo.
APLAUSOS: Para o relvado do Estádio do Sintrense: Depois de tanta geada que lhe caiu em cima durante o Inverno, acrescido pelos treinos e jogos e do dilúvio de sábado, está impecável.
POSITIVO: Para a homenagem sentida ao falecimento do Santo Padre, João Paulo II. Um minuto de silêncio, onde nem uma mosca se ouvia, seguido de um forte aplauso. A direcção do Sintrense decidiu também não colocar música ambiente no Estádio, precisamente por respeito ao falecimento de João Paulo II.
NEGATIVO: Para a pouca presença de público. Numa altura, em que a direcção do Sintrense se esforçou por dotar o Estádio de melhores condições para o público, surpreendentemente os adeptos do futebol estão a aparecer menos.
Declarações:
Alberto Bastos Lopes (Técnico do Sintrense): Nos primeiros trinta minutos foi tudo muito bom. Marcaram-se três golos, é certo, mas o jogo foi todo bom, porque não deixámos o adversário ter a ousadia sequer de marcar um golo para poder pensar nalguma coisa mais. Penso que a minha equipa teve uma atitude boa. Defendeu bem, mas é claro que não se pode ter aquele ritmo de jogo registado na primeira meia hora, ao longo dos noventa minutos. Penso que é rara a equipa que consegue isso. Controlámos a partida na totalidade. Enquanto podemos pressionar...pressionamos. Tornamos o jogo mais rápido, e o ritmo de jogo mais elevado, mas depois temos que ver que os jogadores não são máquinas, mas que souberam controlar a partida, continuando em cima do adversário, não os deixando construir jogadas de golo. Em suma, foi um bom jogo da nossa parte perante um adversário que deu a luta possível.
Paulo Jorge Moreira (técnico do Fazendense): Foi o adeus definitivo á 3ª divisão. Penso que isso já estava programado á muito tempo, ainda para mais com esta derrota. Em relação ao jogo, entrámos muito mal na partida, fazendo uma primeira parte péssima, como eu ainda não tinha visto nesta equipa. Os primeiros vinte e cinco minutos foram mesmo para esquecer, ou para recordar. Os jogadores que estavam em campo não eram aqueles que eu conheço. Eram as camisolas que lá estavam. O Sintrense, que tem uma belíssima equipa, aproveitou, fez três golos fruto de ofertas nossas, e bem vistas as coisas até poderia ter marcado mais dois ou três golos, porque nós estávamos em maré de ofertas, com os nossos defesas a isolar os avançados contrários. São coisas inconcebíveis no futebol. Ao intervalo, corrigi algumas coisas, e penso que já fizemos uma segunda parte mais de acordo com o valor da equipa. Mas como disse, o Sintrense aproveitou as nossas falhas, venceu e está de parabéns. Nós temos que mudar a forma de entrar nos jogos, pois ultimamente temos entrado sempre a perder, e se já temos dificuldades, então assim ainda pior.




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